O parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz após os ataques dos EUA ao país neste domingo (22/06). O canal, entre o Irã e Omã, é estratégico para navios petroleiros, e cerca de um quinto de todo o petróleo do mundo passa por ele. Seu fechamento pode disparar o preço dos combustíveis no mundo.

A decisão do parlamento iraniano ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo aiatolá Khamenei para ser colocada em prática. O estreito, que tem 33 metros de largura, é a passagem de petróleo mais importante do mundo, e seu fechamento pode abrir margem para novas retaliações contra o Irã.

Entre o início de 2022 e maio de 2025, entre 17,8 e 20,8 milhões de barris diários de petróleo bruto, condensado ou combustível passaram por esta rota, segundo dados da plataforma Vortexa.

Um bloqueio afetaria principalmente países do Golfo como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, grandes exportadores de petróleo. A Administração de Informação de Energia dos EUA indica que os oleodutos da região têm capacidade ociosa de aproximadamente 2,6 milhões de barris diários, conforme dados de junho de 2024.

No primeiro dia do conflito de Irã e Israel, os preços do petróleo aumentaram 8%. Este foi um dos maiores movimentos diários desde a invasão russa à Ucrânia em 2022. Analistas do JPMorgan avaliam que um bloqueio efetivo do Estreito poderia elevar os preços para entre US$ 120 (R$ 658,64) e US$ 130 (R$ 713,52) por barril.

 

Fonte: O Tempo

 

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