O presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Márcio Weber, convocou nessa quinta-feira (16) uma reunião extraordinária, o que surpreendeu a alta cúpula da estatal.

De acordo com fontes do mercado, a diretoria da empresa deve decidir por um aumento nos preços dos combustíveis, após o entendimento de que o Conselho não pode interferir. Ainda não ficou claro se a diretoria levará à frente o plano de reajuste ainda esta semana ou na próxima.

O governo federal vinha tentando convencer o presidente demissionário da Petrobras, José Mauro Coelho, a segurar os preços para que o teto de ICMS, aprovado nesta semana no Congresso com apoio do Palácio do Planalto, surta algum efeito nas bombas. O teto do ICMS ficou em 17%.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a defasagem de preço do diesel e da gasolina hoje, quando comparado aos valores internacionais, é de 18% e 14%, respectivamente.

Se sair o reajuste, seria o segundo para a gasolina no ano e o terceiro para o diesel. Depois de 57 dias sem alterar os preços, a Petrobras anunciou, no dia 10 de março de 2022, um novo reajuste para os combustíveis nas refinarias. Os aumentos foram de R$ 0,61 na gasolina e de R$ 0,90 para o diesel, o que significa uma elevação de 18,8% e de 24,9%, respectivamente. Esses são os preços brutos que a estatal efetivamente coloca no mercado, ou seja, o que ela vende para a distribuição a partir das refinarias. Não estando incluídos impostos federal e estadual e nem os custos e margem de lucro da cadeia produtiva.

Após esse reajuste, a Petrobras promoveu mais um para o diesel. No dia 9 de maio, o reajuste foi de 8,87% no preço para as distribuidoras. Um aumento real de R$ 0,40 por litro.

Fonte: O Tempo

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