A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (14) seu relatório fiscal referente ao segundo trimestre de 2025, com dados consolidados do primeiro semestre. De janeiro a junho, a estatal repassou R$ 131,7 bilhões aos cofres públicos, valor que engloba tributos próprios, participações governamentais e tributos retidos de terceiros.
Do total arrecadado, R$ 86,5 bilhões correspondem a tributos próprios da companhia, R$ 31,8 bilhões a participações governamentais (PGOV) e R$ 13,4 bilhões a tributos retidos de terceiros. A maior parte do montante R$ 77,1 bilhões foi destinada à União, sendo R$ 45,3 bilhões em tributos federais e os já citados R$ 31,8 bilhões em participações governamentais, valores que são redistribuídos parcialmente a Estados e Municípios conforme a legislação vigente. Esse montante representa aproximadamente 5,4% da arrecadação federal no período.
Apesar da expressiva contribuição, o valor total representa uma queda de 11,9% em relação ao mesmo período de 2024. Segundo a Petrobras, a redução se deve ao menor recolhimento de tributos como IRPJ, CSLL e PIS/COFINS.
Em âmbito estadual, a companhia recolheu R$ 53,6 bilhões, o que equivale a cerca de 12% da arrecadação dos Estados. O valor representa um aumento de 7,8% na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. A empresa atribui o crescimento principalmente à majoração das alíquotas do ICMS monofásico sobre combustíveis, vigente desde 1º de fevereiro de 2025.
Já os tributos pagos aos municípios somaram cerca de R$ 1 bilhão, distribuídos majoritariamente entre ISS retido de terceiros, ISS próprio e IPTU.
A Petrobras reforçou ainda seu papel como importante agente na arrecadação do ICMS, tanto por suas próprias operações quanto como substituta tributária em transações de terceiros. Em 20 unidades da federação, a empresa representa mais de 10% da arrecadação de ICMS, evidenciando sua relevância fiscal para os entes federativos.
Com informações O Tempo