A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (12) para desarticular organização criminosa responsável por desviar e se apropriar de recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022, destinados a um partido político.

Os investigados são acusados de lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.

Agentes foram às ruas para cumprir sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás e São Paulo. Também foi ordenado o bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis. As decisões são da Justiça Eleitoral do DF.

A PF não divulgou nomes, mas a equipe do jornal O Tempo em Brasília apurou que o principal alvo é Eurípedes Júnior, último presidente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) antes da fusão com o Solidariedade, em 2023, do qual também se tornou o mandatário. Há ordem de prisão contra ele, mas, até a mais recente atualização desta reportagem, não havia sido encontrado, ao contrário dos outros seis.

Compra de helicóptero para uso pessoal

Entre outras coisas, Eurípedes Júnior comprou um helicóptero para uso particular, desviado do fundo eleitoral, segundo a investigação. Adquirida em 2015, a aeronave custou R$ 2,4 milhões, cerca de R$ 5 milhões em valores atuais. Ele usava o helicóptero para deslocamentos de Planaltina de Goiás, onde mora, até a sede do partido, em Brasília – são 38km de distância por terra.

O helicóptero é um Robinson R66 Turbine, e, assim como imóveis e outros veículos, faz parte de aquisições irregulares do partido durante a gestão de Eurípedes Júnior, segundo a PF. Ele também desviou maquinários de obras particulares.

Além de Eurípedes, em Brasília, quatro ex-candidatos a deputados distritais pelo Pros também são alvos de buscas. A PF diz que eram candidaturas “laranja”, para recebimento de dinheiro do fundo eleitoral. Em apenas uma delas houve um repasse de R$ 2 milhões, enquanto em outra, R$ 1,5 milhão, ainda segundo a PF.

Fonte: O Tempo

 

 

 

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