A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) deu mais esclarecimentos, nesta segunda-feira (24), sobre o caso de um “tapão” na cara entre militares da ROTAM em treinamento. Ambos eram alunos de um curso. A corporação tomou conhecimento do vídeo que circulou nas redes sociais nesse domingo (23) e instaurou inquérito policial para investigar os fatos.

Porta-voz da sala de imprensa, Major Layla Brunnela explicou que a situação ocorreu em outubro do ano passado durante formação de 72 alunos, já militares, para habilitação do Batalhão Rotam. O curso teve duração de 60 dias. Novas turmas não serão formadas até a conclusão do inquérito. 

“Não é um procedimento da instituição. Recebemos os vídeos estarrecidos”, reiterou a Major sobre a conduta do militar. Ela afirmou que se trata de um caso isolado.

Dez militares foram afastados, dentre oficiais e praças, da docência, ou seja, não podem dar aula até a conclusão do inquérito. Eles são os responsáveis pela execução e coordenação do curso. A Policia Militar vai investigar se eles foram coniventes com a agressão, e do porquê inseriram o tapa no treinamento uma vez que não é algo protocolar.

A PMMG ainda investiga as motivações da agressão e contatou o militar agressor e o que foi agredido. Não foram divulgados nomes e patentes.

De acordo com a corporação, à luz do Código Pena Militar, os envolvidos podem responder por crimes de maus-tratos, rigor excessivo e lesão corporal.

As imagens mostram os dois homens se encarando por alguns segundos, enquanto outros militares observam a cena. Em seguida um deles dá um forte tapa no rosto do outro, que cai no chão e é amparado pelos colegas.  

O militar que desferiu o tapa está com a mesma vestimenta dos colegas em forma, e sai do local tranquilamente, enquanto o homem agredido ainda está caído no chão.

Fonte: o Tempo

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