O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, foi classificado pelas autoridades do Rio de Janeiro como preso de ‘alta periculosidade’ na Guia de Recolhimento de Presos encaminhada à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Em uma escala de quatro graus de risco, Oruam foi colocado no terceiro. Essa classificação leva em conta o potencial de ameaça do detento à segurança pública.

  • No caso de Oruam, os fatores que motivaram a classificação foram:
  • o fato dele ser declaradamente associado ao Comando Vermelho;
  • ele usar o imóvel onde mora para receber foragidos da Justiça;
  • atentar contra a vida de policiais;
  • não se intimidar ao buscar refúgio na base da facção criminosa;
  • insuflar simpatizantes e a própria quadrilha contra as forças de segurança, informou, em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro à CNN.

Casos como esse, de presos considerados de alta ou altíssima periculosidade, são analisados pelo Conselho de Inteligência das Polícias do Estado do Rio de Janeiro (Cinperj). São avaliados aspectos como reincidência, gravidade dos crimes, uso de violência, vínculo com organizações criminosas e comportamento após a prisão.

Oruam preso

A Justiça do Rio de Janeiro mandou prender preventivamente o rapper Oruam na terça-feira (22). Ele foi indiciado por seis crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

Na segunda-feira (21), agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) realizaram uma operação na casa do rapper, em Joá, na Zona Oeste do RJ, após receberem a informação de que um menor de idade com mandado de busca e apreensão em aberto estava no local.

Segundo a polícia, o rapper e oito amigos tentaram impedir que os agentes cumprissem o mandado e os atacaram com pedras. Uma delas teria ferido um dos agentes.

Oruam se entregou à polícia ainda na terça-feira (22). Já na quarta, ele passou por audiência de custódia, e a Justiça decidiu pela manutenção da prisão dele, que foi levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, conhecido como Bangu, no Rio de Janeiro.

 

Fonte: Maria Fernanda Ramos-Itatiaia

 

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