Próximo presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), o conselheiro da Corte Durval Ângelo afirmou ser favorável à manutenção dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao texto do Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag).
A declaração aconteceu em entrevista divulgada nessa quinta-feira (23 de janeiro) pelo próprio Tribunal. De acordo com Durval, os pontos barrados pelo presidente preservam o texto original do senador Rodrigo Pacheco (PSD), autor da proposta sancionada no último dia 14.
“O projeto original, do (senador) Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que foi discutido com todos os estados e inclusive com Minas Gerais, foi mantido. Os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram sobre aquilo que foi acrescentado na Câmara Federal”, analisa o conselheiro.
Na entrevista, Durval ainda argumenta que houve “muito absurdo” emendado à proposta de Pacheco. Dentre os tais “absurdos”, estariam pontos que permitiriam aos Estados incluir dívidas com bancos privados dentro do Propag. “Fazer festa com o chapéu dos outros é muito fácil. Quando o presidente Lula veta alguns pontos, ele mantém o projeto original do senador Pacheco”, disse.
Durval ainda comentou a postura do governador de Minas Gerais em relação aos vetos e disse que ele pode ter sido “mal orientado” em suas declarações.
“Talvez o governador tenha sido mal orientado e tenha feito declarações equivocadas. Isso acontece.. Muitas vezes, quando estamos ocupando um cargo público, a gente tem que ter um ouvido bom para ouvir, mas tem que ter alguém quem fale nesse ouvido corretamente, que fale as coisas certas”, pontuou.
Fonte: Por Lucas Negrisoli/O Tempo