O botijão de gás passou a sair das refinarias 15% mais caro, desde o dia 1º deste mês. 

Em Formiga, a população está sentido o preço um pouco mais ‘salgado’ no bolso. O botijão, que era vendido na média de R$ 49, pode ser encontrado hoje por R$ 60, ou seja, um aumento de um pouco mais de 20%.

O jornal entrou em contato com distribuidoras de gás de vários bairros da cidade e o aumento é geral. De acordo com o dono de uma das empresas, apesar do botijão sair das refinarias 15% mais caro, o preço que chega para ele é de 20% de aumento.

Para driblar o preço do gás algumas pessoas, que tem fogão de lenha em casa, voltaram a utilizá-lo com mais frequência. “Eu acendia meu fogão de lenha, apenas no final de semana, para assar  quitandas e, agora, com o preço do gás, estou usando também durante a semana, para cozinhar feijão e carne. Se for fazer tudo no gás não dá”, informou Dona Maria do Carmo.

Já quem não tem fogão de lenha em casa, está tendo que lidar com o preço salgado encontrado no mercado. “Isso é um absurdo, era para aumentar 15% e aumenta muito mais, isso é injusto com nós consumidores”, disse outra dona de casa.

Em Belo Horizonte, assim em outras capitais do país o reajuste do preço do gás foi de 27%. Isso porque, além do reajuste anunciado pela Petrobras, as revendas já planejavam repassar, correção entre 8% e 10% referente à recomposição de custos. Juntos, os dois reajustes chegaram de forma pesada ao consumidor. Revendas já aplicaram o novo preço sem nem mesmo dar tempo para girar os estoques antigos.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindgás), a correção de preços por parte da Petrobras era esperada pelo setor. “Desde 2002 não havia esse reajuste. Sabemos que 24% do produto utilizado é importado, o que pesa muito com a valorização do dólar”, diz Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindicato. Segundo ele, como os preços são livres no setor, as revendas podem repassá-lo de forma diferenciada. Questionado sobre o repasse imediato ao consumidor, desconsiderando os estoques, ele aponta que há muito tempo o setor vem trabalhando com custos represados. “O reajuste da Petrobras chegou no momento em que é feita a revisão de custos. Serão duas pressões no preço”, concluiu.

Priscila Rocha Com Agências

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