A aplicação de golpes financeiros tornou-se realidade na vida dos brasileiros nos últimos anos, com a escalada de meios digitais para pagamentos e transações. A mais nova artimanha dos criminosos trata-se do golpe do Acesso Remoto ou Mão Fantasma.
A prática, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), segue os outros truques e faz uso da engenharia social para manipular psicologicamente as vítimas a fim de obter senhas e dados de cartões para concretizar as retiradas de dinheiro das contas.
No caso do Acesso Remoto, o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco. Para enganar o cliente, o criminoso utiliza várias abordagens para enganar o cliente: informa que a conta foi invadida ou clonada, que há movimentações suspeitas, entre outros argumentos.
O golpista ainda afirma, segundo a Febraban, que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que vai solucionar o problema. O perigo está justamente aí. Se o cliente instalar o aplicativo citado, o criminoso passa a ter acesso a todos os dados que estão no celular.
Segundo a Febraban, os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização. “Não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto”, diz a federação.
A entidade também lembra que para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente. “No caso do Golpe do Acesso Remoto, os criminosos realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites”, explica a Febraban.
A federação alerta que muitos usuários anotam suas senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de Whatsapp ou em outros locais do celular. Também há casos de clientes que usam a mesma senha de acesso do banco em outros aplicativos, sites de compras ou serviços na internet, e estes apps, em grande parte dos casos, não contam com sistemas de segurança robustos e a proteção adequada das informações dos usuários.
“O banco nunca liga para o cliente pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo em seu celular. Também nunca liga pedindo senha nem o número do cartão ou ainda para que o cliente faça uma transferência ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar um problema na conta”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Conforme o diretor, caso alguém receba alguma ligação ou mensagem do tipo, deve desconsiderar. “Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais e de um outro telefone para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta”, acrescenta Volpini.
Fonte: O Tempo