O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de bens e valores de três entidades suspeitas de envolvimento em um esquema de descontos ilegais contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida é parte das investigações sobre a chamada “máfia do INSS”, que já resultou em ações da Polícia Federal.
As ordens de bloqueio emitidas por Mendonça atingem três entidades investigadas. A que teve o maior valor congelado foi o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), alvo recente de uma operação da Polícia Federal. O bloqueio determinado contra o sindicato alcança cerca de R$ 390 milhões. Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocupa a vice-presidência da entidade.
Outra instituição com bens bloqueados é a Amar Brasil, que também foi alvo da PF na semana passada. Os valores congelados pela Justiça somam R$ 185 milhões. A terceira entidade atingida foi a Masterprev, que teve R$ 145 milhões bloqueados por ordem judicial.
As ações fazem parte de um inquérito que apura fraudes bilionárias no INSS, com desvios estimados em R$ 6,3 bilhões das contas de mais de 5 milhões de aposentados e beneficiários da Previdência Social em todo o país.
Na última quinta-feira, a Polícia Federal cumpriu 66 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. Durante as diligências, foram encontrados dinheiro em espécie na sede do Sindnapi e, com outros investigados, apreensões incluíram carros de luxo e artigos de alto valor.
As investigações avançam sobre um dos maiores esquemas de fraudes já registrados na Previdência brasileira, com impacto direto sobre milhões de aposentados. As decisões do STF reforçam as ações da Polícia Federal no bloqueio de bens e na coleta de provas, com o objetivo de responsabilizar os envolvidos e recuperar os valores desviados.
Com informações da Revista Veja