O ex-presidente norte-americano Donald Trump afirmou nesta terça-feira que as forças militares dos Estados Unidos dispararam contra um barco venezuelano supostamente envolvido com o tráfico de drogas. A declaração foi feita durante um pronunciamento à imprensa na Casa Branca, marcando sua primeira aparição pública em uma semana.
Segundo Trump, o navio interceptado se dirigia aos EUA com uma grande quantidade de entorpecentes quando foi alvejado pelas forças americanas no Caribe. “Os EUA dispararam num barco”, disse ele, sem fornecer mais detalhes sobre a operação militar, tampouco sobre vítimas ou os envolvidos na ação.
A alegação ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a Venezuela. O governo norte-americano vem intensificando sua presença militar na região caribenha, com o envio de sete navios de guerra e um submarino nuclear, sob a justificativa de combate ao tráfico internacional de drogas supostamente vinculado a cartéis venezuelanos.
Em resposta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou a operação como uma tentativa de intimidação e classificou a mobilização militar como a “maior ameaça à soberania venezuelana nos últimos cem anos”.
Primeira aparição de Trump após boatos sobre saúde
A coletiva também marcou a primeira aparição pública de Donald Trump em uma semana, período no qual circularam boatos e fake news sobre sua saúde e até rumores de sua morte. Durante o evento, o ex-presidente minimizou as especulações:
“Eu não fiz nada por dois dias e eles disseram que havia algo errado. Biden não fez nada por meses e ninguém nunca disse que havia algo de errado com ele, e sabemos que ele não estava na melhor forma”, declarou Trump.
O evento foi convocado, oficialmente, para anunciar a mudança da sede da Força Espacial dos EUA do estado do Colorado para Huntsville, no Alabama.
A declaração de Trump sobre o ataque a um barco venezuelano reacende as tensões geopolíticas entre Washington e Caracas, enquanto o ex-presidente tenta se recolocar no centro do debate público. A operação, se confirmada, pode gerar reações diplomáticas mais fortes por parte da Venezuela e de países aliados, em um momento já sensível na relação entre as duas nações.
Com informações Uol Notícias