A primeira vez que vi um disquete na vida, eu devia ter uns 8 anos de idade (e isso faz muito tempo). Era uma espécie de lâmina quadrada de plástico flexível com um buraco no centro. Aquilo era um disquete de 5 1/4 polegadas.
Sua capacidade de memória variava de acordo com a densidade da superfície magnética, que poderia ser de 160 KB a 1,2 MB. Pouco depois fui apresentado a outro tipo de disquete, 3 1/2 polegadas.
Era mais rígido e espesso, com direito a uma proteção móvel da superfície de gravação. Sua capacidade de armazenamento variava de 720 KB a 2,88 MB. O modelo mais popular permitia gravar até 1,44 MB.
Até a popularização do Pen Drive, o disquete era a forma mais prática de transportar dados, como arquivos de texto e imagens. Assim, até meados dos anos 2000 muita gente guardava documentos nestes pequenos quadrados de plástico.
O problema é que o drive de disquete sumiu dos computadores. Grandes, pesados, cheios de componentes móveis, os leitores se tornaram obsoletos. Primeiro eles foram substituídos pelos gravadores de CD-ROM, posteriormente pelos pen drives e atualmente tudo está na nuvem.
O problema é que ainda hoje há quem guarde pilhas de disquetes com a esperança de poder acessar antigos conteúdos, seja por saudosismo ou pela necessidade de recuperar alguma informação importante. Mas será que aquele disquete velho ainda funciona? E o mais importante, onde encontrar um leitor para estes discos?
Vamos por partes, a começar pela durabilidade da informação gravada. Antes de mais nada é preciso ter em mente que um disquete registra seus bytes por orientação magnética, que grava a informação numa superfície plástica recoberta por óxido de ferro ou cobalto.
Assim, antes de mais nada é fundamental que o disquete não fique próximo a um campo magnético, como imã, caixas de som ou mesmo a proximidade com um telefone celular.
Calor e umidade são nocivos para a película, tal como a formação de fungos. Assim, numa condição rudimentar, a durabilidade dos dados será inferior a 10 anos. Em um ambiente controlado as informações podem “sobreviver” por até 30 anos.
Para acessar os discos, a maneira mais fácil é comprar um Drive com conexão USB. Este acessório é barato e custa em média R$ 120.
Ele pode ser conectado a qualquer computador ou notebook para fazer a leitura. No entanto, há limitações. O arquivo pode ser copiado e salvo em outra unidade como Pen Drive, HD Externo e por aí vai.
Mas dependendo do arquivo será necessário um software compatível e que seja capaz de rodar nos sistemas operacionais modernos, como emuladores.
Ou seja, ainda dá para salvar aquela letra de música, poesia, carta de amor ou trabalho da faculdade que estão num disquete velho, mas dá trabalho.
Fonte: Marcelo Jabulas-Hoje em Dia