As cidades de Divinópolis e Juiz de Fora estão empatadas na 2ª colocação entre as que receberam maior número de denúncias de assédio eleitoral no interior de Minas Gerais. Os dados são do Ministério Público do Trabalho (MPT) e referentes ao 1º turno das Eleições 2022.

De acordo com o levantamento disponibilizado ao G1 pelo MPT, cada um dos municípios tem 26 investigações em aberto. Em Minas Gerais, 300 apurações foram abertas a partir de denúncias de coação eleitoral em todas as regiões do estado.

Entre as unidades do MPT no interior de Minas Gerais, as que mais receberam denúncias são as de Varginha (51 denúncias), seguida por Divinópolis e Juiz de Fora (26 denúncias) e Uberlândia (21 denúncias).

Até a publicação desta reportagem pelo G1, os resultados da atuação do MPT já contabilizaram em mais de 20 Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) assinados e três Ações Civis Públicas (ACPs) ajuizadas.

Assédio eleitoral

De acordo com o MPT, a prática do assédio eleitoral é caracterizada a partir de “uma conduta abusiva que atenta contra a dignidade do trabalhador, submetendo-o a constrangimentos e humilhações, com a finalidade de obter o engajamento subjetivo da vítima em relação a determinadas práticas ou comportamentos de natureza política durante o pleito eleitoral”.

Dentre as denúncias recebidas pelo MPT-MG estão:

  • Casos de empregadores que exigem que empregados vistam camisa de determinado candidato
  • Movimentos articulados para assediar categorias profissionais coordenados por associações de classes
  • Ameaças de dispensa caso o funcionário não vote no candidato do empregador

As situações de coação são descritas em diversos setores econômicos, dentre os quais estão comércio varejista de alimentos, roupas, calçados, área da saúde, indústria e administração pública municipal.

Fonte: G1

 

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