Minas vive mais uma nova onda de casos da Covid-19, desta vez impulsionada pelas infecções da subvariante da Ômicron, a BQ.1. No entanto, a preocupação maior é com o ano que vem, que pode ter até três vírus respiratórios com maior circulação no Estado ao mesmo tempo. O alerta é do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
De acordo com o chefe da Secretaria de Estado de Saúde (SES), a onda atual deve registrar queda no número de casos nos próximos dias. A pasta mira esforços para frear as contaminações em um período mais à frente, entre março e abril, quando os casos do coronavírus podem vir associados a diagnósticos da gripe e do vírus sincicial (que pode causar bronquites).
Na pasta há quase dois anos, Baccheretti revela conversas com a equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para a compra de mais vacinas contra a doença. Ele confirma a permanência na SES durante o próximo mandato do governador reeleito Romeu Zema (Novo) e garante novos investimentos no Estado.
Questionado pelo Hoje em Dia se Minas vive um aumento dos casos da Covid-19 e se está em uma nova onda, Fábio destacou: “o que estamos vivendo de pandemia é muito esperado, não surpreende. As ondas passaram a ser separadas após a vacinação. Nas próximas semanas já vamos ter uma queda de casos. Nosso olhar é um pouquinho mais para frente, em março, quando temos isso associado ao vírus da gripe e o vírus sincicial respiratório, que pega crianças. Isso nos preocupa porque são três vírus, então pode ter um impacto na emergência. Não acredito em impacto na internação e nos leitos de UTI. Apesar disso, costumamos nos preparar com os hospitais João Paulo II e o João XXIII, abrindo leitos extras.
Essa onda atual está ligada a aglomerações, como as provocadas durante a Copa do Mundo?
“É uma onda muito pequena que vai começar a cair nas próximas semanas. Não tem mais vínculo relacionado aos feriados: ‘o Natal e o Ano Novo podem aumentar’… Não vemos isso mais, já tem um tempo que não vemos isso. Nada inesperado, o foco que temos é na vacinação. Do mesmo jeito que podemos ficar calmos em relação às consequências da nova onda, podemos ficar tranquilos em dizer que a vacinação faz esse efeito em uma cepa menos letal”.
O secretário falou ainda se toda a população terá essa dose de reforço no próximo ano.“Há uma cobrança. Há um mês estivemos no Conselho Nacional de Secretários de Saúde e passamos até para a equipe de transição a necessidade de estabelecer um calendário anual. A expectativa é que toda a população tome uma dose de reforço (no próximo ano), essa vacina bivalente da Pfizer, provavelmente. Deve ser junto com a Influenza, que acontece em abril e maio, mas a gente pede para adiantar devido ao período de sazonalidade. Esse público todo que não tomou a 4° dose pode ter calma, ele vai tomar o reforço anual já no início do ano que vem junto com a da gripe”.
Fonte: Hoje em Dia