Uma empresa sediada em Passos, no Sul de Minas Gerais, está sendo investigada por envolvimento em um esquema fraudulento que pode ter causado um prejuízo estimado em R$ 80 milhões ao setor do agronegócio. A ação é conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e envolve suspeitas de crimes como estelionato, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A operação, batizada de Sopro Silencioso, foi deflagrada na terça-feira (19), mas os detalhes só foram divulgados na manhã desta quinta-feira (21). Segundo a PCMG, o esquema fraudulento envolvia a manipulação de fluxos financeiros e a ocultação de patrimônio, com atuação direta no fornecimento de insumos agrícolas.

As investigações apontaram que a empresa continuava a receber pagamentos de produtores rurais mesmo após a cessão formal de créditos a fundos de investimento. Esses pagamentos, realizados de boa-fé pelos agricultores, não eram repassados aos credores legítimos, gerando cobranças duplicadas, protestos indevidos e significativos prejuízos financeiros para os produtores.

Durante as diligências, foram apreendidos cinco veículos, uma grande quantia em dinheiro, joias, bebidas e outros bens de alto padrão. A Polícia Civil identificou uma estrutura articulada para se apropriar indevidamente de valores, o que motivou a determinação judicial de bloqueio de bens e veículos registrados em nome dos investigados e das empresas envolvidas.

A investigação segue em andamento, com foco na responsabilização dos envolvidos e na reparação dos prejuízos causados às vítimas. A operação evidencia a complexidade dos crimes financeiros no setor do agronegócio e o impacto direto dessas práticas fraudulentas na economia rural da região.

Com informações do Hoje em Dia

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