O maior evento da humanidade, a COP-30, que definirá nosso futuro, acontecerá em Belém, Brasil, de 10 a 21 de novembro. Estamos no ponto sem volta, os eventos previstos para depois de 2030 já estão acontecendo desde o ano retrasado. Ou os países passam a agir de verdade, ou o futuro estará perdido. E até países reticentes como a China já propuseram medidas de descarbonização da economia agora no final de setembro.
A China se comprometeu a reduzir de 7 a 10% das emissões até 2035, mas precisa de pelo menos 30%, já é um começo. O Brasil, com 3% das emissões, propõe reduzir de 59% a 67%. O Japão propôs corte de 60%. Os Estados Unidos, responsável por 11% das emissões globais, apresentaram uma meta de 61% a 66% de redução até 2035, embora Trump seja negacionista; talvez, seria melhor convidar os estados dos EUA para participarem e se comprometerem.
A União Europeia, com 6% das emissões, prometeu entregar antes da COP30 uma meta de redução entre 66% e 72% até 2030. A Índia, terceiro maior emissor com 8%, a Rússia, com 4%, Indonésia, Irã e Coreia do Sul ainda não se manifestaram.
Já propus reduzir os orçamentos da Defesa para financiar o esforço que é investir em novos negócios e muitos já são rentáveis. Há esperança! Enquanto as negociações globais continuam, no Brasil, as instituições, como o INPE, também estão tomando ações.
O INPE sediará o primeiro evento no Brasil dedicado à Missão Biomass, da Agência Espacial Europeia (ESA) que ocorrerá na Coordenação Espacial da Amazônia do Instituto do INPE Amazônia, de 30 de setembro a 2 de outubro. Trata-se de um evento pré-COP30 que visa trazer para a Amazônia eventos de relevância para a floresta tropical e análises sobre biomassa e estoques de carbono, importante para análises das mudanças climáticas.
Os Ministérios do Meio Ambiente (MMA), das Cidades, da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) organizaram o 2º Encontro Nacional do Programa Cidades Verdes Resilientes no início de setembro. No evento fez-se o lançamento da consulta pública do Plano Nacional de Arborização Urbana (PlaNAU) e a divulgação dos resultados do edital Periferias Verdes Resilientes, um compromisso do governo federal com uma agenda climática, que integra o planejamento nacional às realidades locais.
A participação dos pesquisadores do INPE reforça o papel do Instituto como provedor essencial de ciência de qualidade para a política ambiental brasileira, posicionando-o como um ator central na construção da governança climática necessária para o cumprimento das metas nacionais e para o protagonismo do país na COP30.
Para o cumprimento das metas brasileiras citadas acima, é preciso controlar as queimadas e incêndios florestais. Em junho, o INPE e o IBAMA reuniram-se em Santa Maria (RS) para aprimorar as metodologias e as estratégias para fortalecer a vigilância do Pampa, que é marcado por sua vasta cobertura de campos nativos e formações campestres. O Ibama ainda valida os alertas orbitais do INPE.