A ação penal que condenou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal transitou em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (30). Com a decisão, não cabem mais recursos, e o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, poderá dar início à execução da pena.

Zambelli foi condenada em agosto a 5 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial semiaberto, além de multa e perda do mandato parlamentar. A condenação se refere ao episódio em que a deputada perseguiu um jornalista armada, em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

A parlamentar está presa na Itália, onde aguarda o andamento do processo de extradição para o Brasil. Ela também foi condenada em outro processo no STF, relacionado à tentativa de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo qual recebeu pena de 8 anos de prisão. Essa segunda condenação também transitou em julgado, em junho.

Poucos dias após a primeira condenação, Zambelli deixou o Brasil. Embora tenha anunciado publicamente sua saída apenas em 3 de junho, apuração do portal Metrópoles indica que a viagem ocorreu em 25 de maio, por via terrestre, na fronteira entre Foz do Iguaçu (PR) e Puerto Iguazú (Argentina). De lá, seguiu até Buenos Aires e embarcou para fora da América do Sul.

Segundo a Polícia Federal, a deputada não resistiu à abordagem no momento da prisão em território italiano. Posteriormente, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que Zambelli se apresentou espontaneamente às autoridades italianas e solicitou asilo político para tentar evitar a extradição.

Apesar das condenações, Zambelli não estava impedida de viajar, uma vez que o STF havia liberado seu passaporte e não impôs restrições à sua circulação durante a fase recursal.

Com informações do Metrópoles

 

 

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