O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (4) que pretende ligar novamente para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caso uma reunião entre as equipes de negociação dos dois países não seja agendada até o encerramento da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
Em entrevista concedida a agências internacionais em Belém (PA), Lula declarou que mantém a expectativa de avanço nas tratativas entre os governos brasileiro e norte-americano. “Quando a COP30 terminar, se a reunião entre meus negociadores e os dele ainda não tiver sido agendada, ligarei para Trump novamente”, disse o presidente.
Lula destacou ainda que saiu confiante do encontro que teve com o líder norte-americano. “Saí da reunião com o presidente Trump convicto de que chegaremos a um acordo. […] Disse-lhe que era muito importante que nossos negociadores começassem a conversar em breve”, afirmou.
O encontro entre Lula e Trump ocorreu no dia 26 de outubro, em Kuala Lumpur, na Malásia, e teve duração de 50 minutos. A reunião marcou a reaproximação entre Brasil e Estados Unidos após um período de crise diplomática e a aplicação de tarifas ao país sul-americano. Após a conversa, os dois chefes de Estado determinaram que suas equipes iniciassem negociações sobre as sanções impostas.
O presidente brasileiro está em Belém desde sábado (1º), cumprindo compromissos oficiais antes da abertura da COP30, programada para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro. Antes do início das discussões principais, a Cúpula dos Líderes reunirá presidentes, primeiros-ministros e outros chefes de governo nesta quinta (6) e sexta-feira (7), com o objetivo de impulsionar as negociações do evento climático.
As declarações de Lula reforçam o esforço diplomático do governo brasileiro para restabelecer o diálogo com Washington e buscar um entendimento sobre as sanções comerciais. A expectativa é que as negociações entre as equipes dos dois países avancem paralelamente às discussões ambientais da COP30, que colocará o Brasil novamente no centro das atenções internacionais.
Com informações do Metrópoles










