FAEMG SENAR | Divulgação
Por Antônio Pitangui de Salvo, produtor rural, engenheiro agrônomo e presidente do Sistema Faemg Senar
Mais do que nunca, o agro mineiro tem demonstrado sua capacidade de união, aprendizado e posicionamento firme. Nossos produtores compreendem o cenário em que estão inseridos e o papel essencial que desempenham na engrenagem econômica e social do país. Essa consciência é resultado de um trabalho contínuo de mobilização, capacitação e diálogo, que vem aproximando segmentos historicamente distantes e fortalecendo a representatividade do setor.
Essa nova fase do agro pode ser ilustrada pelo sucesso da primeira edição do Congresso Nacional da Carne. O encontro técnico, realizado em setembro deste ano para discutir o futuro da pecuária brasileira, contou com a participação de cerca de duas mil pessoas, entre produtores, especialistas, lideranças políticas e representantes das 27 federações estaduais de agricultura e pecuária.
Outro marco importante de mobilização foi o movimento “Minas Grita pelo Leite”, realizado em 2024, que reuniu aproximadamente 9 mil pecuaristas de todas as regiões do estado em um único dia para exigir medidas emergenciais em defesa da produção leiteira nacional. O resultado foi uma série de ações concretas e respostas governamentais que dificilmente seriam alcançadas sem a força coletiva dos produtores.
Da mesma forma, a expectativa em torno da Semana Internacional do Café (SIC) — que acontecerá nos dias 5, 6 e 7 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte — reforça o momento positivo vivido pelo agro mineiro. Somos líderes mundiais na produção de café, responsáveis por cerca de 47% da produção brasileira. Nesse contexto, a SIC se consolida como um espaço de diálogo, negócios e conexão de toda a cadeia produtiva, contribuindo para valorizar a cafeicultura mineira e impulsionar o desenvolvimento dos nossos produtores.
O Sistema Faemg Senar tem cumprido seu papel nesse processo. Atua com firmeza na defesa e no posicionamento do setor, construindo pontes entre produtores e instituições, e promovendo conhecimento técnico, gestão e desenvolvimento. Se antes havia fragmentação, com cadeias produtivas caminhando de forma isolada, hoje vivemos um tempo de organização, diálogo e união. E quando cada segmento entende sua importância, o setor conquista representatividade e capacidade real de influenciar políticas, decisões e mercados.
Os desafios, porém, permanecem. A atividade agropecuária ainda enfrenta pressões crescentes que exigem preparo, coesão e clareza para garantir o direito de produzir com responsabilidade. O produtor precisa de segurança jurídica e estabilidade para continuar fazendo o que sabe tão bem: produzir alimentos, gerar renda e movimentar a economia do país.
Seguiremos firmes no propósito de unir e fortalecer as cadeias produtivas, treinando, posicionando e defendendo nossos produtores, para que tenham cada vez mais condições de crescer, inovar e gerar resultados que beneficiem o campo, a cidade e toda a sociedade brasileira.










