Os preços dos alimentos caíram em maio e contribuíram para desacelerar a inflação do país, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação do grupo de alimentação e bebidas passou 0,82% em abril para 0,17% em maio. Esta foi a menor taxa mensal em quase um ano, desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%. Em 12 meses, o IPCA deste grupo teve alta de 7,33%.

Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).

A queda nos preços do tomate pode ser explicada por um aumento da oferta devido ao avanço na safra de inverno, movimento inverso no caso da batata-inglesa, onde a safra de inverno ainda não é suficiente para suprir a demanda. Já no caso da cebola, questões relacionadas à importação do produto da Argentina influenciaram no aumento dos preços”, pontua o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.

A combinação desses efeitos fez com que a alta da alimentação no domicílio desacelerasse de 0,83% para 0,02% – a menor taxa mensal para o grupo também desde agosto de 2024 (-0,73%).

Já a alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,58% em maio, frente ao 0,80% de abril. Ou seja refeição acelerou de 0,48% para 0,64% em maio, e o lanche, por sua vez, saiu de 1,38% em para 0,51% em maio.

Nesse mês de março, afirmou Gonçalves, os preços de alimentação fora do domicílio podem ter sido influenciados também por custos dos proprietários de estabelecimentos, como o da energia elétrica, cujo preço subiu 3,62%.

 

 

Fonte: Giullia Gurgel/ Itatiaia

 

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