‘Lago de Furnas está secando mais uma vez’, alerta deputado
O deputado Domingos Sávio (PL-MG) alertou no sábado (17) que o nível de vazão da água do Lago de Furnas voltou a cair, comprometendo atividades pesqueiras, turísticas e o ecossistema local.
A Emenda à Constituição 106, de 2020, estabelece o nível mínimo de 762 metros acima do nível do mar para o Lago de Furnas e de 663 para o de Peixoto.
Até a última sexta-feira (16), o nível de água em Furnas estava em 762,10, acumulando um volume útil de 56,47%. Nessa quinta-feira (22), às 8h, o nível estava em 761.66, equivalendo a 53,69% do volume útil. Com esta significativa queda há de se esperar, que, caso não se mude esta irresponsável conduta, em poucos dias, estaremos novamente convivendo com o desemprego e aqueles prejuízos econômicos e sociais que por aqui nos foram impostos por mais de uma década.
O controle da vazão do lago é uma briga antiga entre o Estado de Minas Gerais e os órgãos federais que atuam na gestão e na fiscalização da produção energética na usina. Estranho é que tanto o presidente Luís Inácio Lula da Silva quanto o ministro de Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se comprometeram, publicamente, a manter a cota mínima em 762, reconhecendo o quanto esta medida é importante para o atendimento da sobrevivência da enorme população que, em inúmeros municípios, vive no entorno dos lagos. Em Furnas, são 34 que se estendem em área do Sul ao Centro Oeste do estado.
“Temos que controlar a vazão porque se não, quando chegar na seca, vamos ter aquela tragédia novamente. Se continuarmos nesse ritmo, em novembro, o lago estará totalmente seco. Nós vamos ter prejuízos enormes, mais uma vez, para o setor do turismo, para a navegação, para quem depende até da água para beber, para a dessedentação animal, para o agronegócio e, assim sendo, realmente, nós mineiros ficamos sem entender as razões do desmando que resulta no não cumprimento das promessas do Governo Federal”. A sociedade está inquieta e já se mobiliza! Rodrigo Pacheco, demais senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos, secretários e outros ministros, todos que endossaram a promessa de Lula em companhia do Sr. Alexandre Silveira, saibam que nós, mineiros, queremos apenas que a ANA – Agência Nacional das Águas – cumpra com sua obrigação e faça o que a lei lhe ordena: ajuste da outorga que limita a quantidade total da vazão defluente, respeitando o uso múltiplo das águas.
Pensamos que a mineira Carmem Lúcia, ilustre e competente ministra do STF, quem sabe, também possa determinar que a ANA, tome a providência acima comentada, e, de fato, garanta o que nos é de direito: o uso múltiplo das águas.
- Editorial do jornal Nova Imprensa