O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) por calúnia e injúria. No processo, os advogados de Bolsonaro citam três publicações em que o parlamentar mineiro teria chamado o ex-presidente de “miliciano ladrão de joias“; “ladrãozinho de joias“; e “bandido fujão“.
O ex-presidente alega que o objetivo das publicações era “manchar a sua imagem e atacar a sua honra“. A denúncia – queixa-crime – contra Janones foi apresentada na segunda-feira (17).
Embora algumas das publicações não citem o ex-presidente, ele alega que é evidente a referência a sua pessoa, uma vez que ele prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso das joias dada pelo governo da Arábia Saudita.
Em outra publicação anexada ao processo, Bolsonaro é chamado de “capitão que matou milhares na pandemia“,. Sua defesa alega que o ex-presidente foi apontado como responsável pelo ataque a creche de Blumenau (SC).
“O assassino que matou 4 crianças hoje em Sc tinha como inspiração um outro assassino: Jair Bolsonaro! Luiz Lima, autor da chacina, mantinha em suas redes postagens enaltecendo o “capitão” que matou milhares na pandemia! O Bolsonarismo deve ser criminalizado assim como o nazismo!“, escreveu Janones, em seu Twitter, no dia 5 de abril.
“Dessa vez, ao contrário da forma velada anteriormente utilizada, o querelado expressamente cita o nome do querelante e de forma abjeta, com a nítida intenção de atingir a sua honra, vincula o seu nome ao crime bárbaro que vitimou quatro crianças em uma creche na cidade de Blumenau/SC na manhã daquele dia“, diz o texto da ação.
Além da condenação, a defesa pede que o deputado pague R$ 20 mil por cada ofensa e arque com as despesas processuais.
Fonte: Estado de Minas
