Se já estava difícil pegar ônibus em Belo Horizonte, com o aumento de 8,9% do diesel anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (9) a situação deve ficar ainda mais complicada.
O alerta é da Associação Nacional das Empresas de Transportes (NTU), que prevê racionamento de combustível nas empresas e viagens com frota completa apenas nos horários de pico – o que, na prática, já vem acontecendo pontualmente nas últimas semanas em BH. Com o aumento de R$ 0,40 por litro às distribuidoras, o presidente da NTU, Francisco Cristóvam explica a situação caótica.
“O sucessivo aumento do preço do diesel dos lubrificantes tem nos preocupado. Uma que a participação desse item, combustíveis e lubrificantes no custo da produção é da ordem de 30%. Nos últimos doze meses, o aumento do diesel e dos lubrificantes supera a casa dos 80%. Este ano em particular já supera 35%”, aponta.
“Do outro lado da equação, para compensar esse aumento tem o valor da tarifa. O prefeito tem que decidir se ele vai repassar todo esse aumento de custo para a população ou se vai buscar outras fontes de recurso para compensar, como subsídios”.
Em Belo Horizonte, segue o impasse entre o consórcio das empresas de ônibus, a prefeitura e a Câmara Municipal a respeito da liberação de R$ 160 milhões de subsídio para as empresas sem redução da tarifa. Na semana passada as partes se reuniram mas não chegaram a um acordo. Nesta terça-feira (10), deve ocorrer uma nova reunião para cobrar as empresas o aumento da frota. No novo projeto, o subsídio seria disponibilizado sem a obrigação de redução no preço das passagens. Porém, as empresas também não poderiam aumentar o valor das tarifas.
Fonte: Itatiaia