Após a confirmação de 17 casos de intoxicação por metanol em São Paulo com cinco mortes registradas autoridades federais emitiram orientações de segurança para a população. A Polícia Federal (PF) também abriu investigação para apurar a origem e a rede de distribuição das bebidas adulteradas.
A mobilização foi determinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e anunciada nessa terça-feira (30). A principal preocupação do governo é conter o avanço da contaminação e orientar os consumidores sobre como identificar possíveis sinais de adulteração.
Dicas para evitar bebidas adulteradas
Em coletiva no Palácio da Justiça, o secretário Nacional do Consumidor, Paulo Pereira, destacou alguns cuidados que podem ajudar na identificação de bebidas suspeitas. Entre os principais alertas estão:
- Desconfie de preços muito baixos
- Evite consumir de fornecedores desconhecidos
- Cuidado com bares e estabelecimentos recém-abertos
- Observe o aspecto da embalagem e do líquido
- Fique atento a rótulos e lacres fora do padrão
“É importante que a população fique atenta para sinais que diferenciam aquela prática do hábito comum, como a bebida muito barata ou um fornecedor novo e desconhecido”, explicou o secretário. Ele também ressaltou que o problema não se restringe a bares: “Parte das denúncias que temos envolve garrafas compradas em empórios”, alertou.
Bebidas adulteradas com metanol
Segundo as investigações iniciais, o metanol foi misturado a diferentes tipos de destilados, como gin, uísque e vodka. A substância é altamente tóxica e pode causar intoxicação grave e até a morte.
Até agora, os casos foram registrados em cinco municípios paulistas: São Paulo (capital), São Bernardo do Campo, Limeira, Campinas e Itapecerica da Serra. O número de estabelecimentos envolvidos está sendo mantido em sigilo.
Investigação apura envolvimento do crime organizado
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, revelou que o caso pode estar ligado ao crime organizado e a investigações anteriores no Paraná e em São Paulo. Ele mencionou a possibilidade de conexão com esquemas ilegais envolvendo a importação de metanol via o Porto de Paranaguá.
“A investigação dirá se há conexão com o crime organizado”, afirmou Rodrigues.
Diante do risco à saúde, as autoridades recomendam que a população redobre a atenção ao consumir bebidas alcoólicas. Observar sinais de adulteração e evitar produtos de origem duvidosa são medidas fundamentais para prevenir intoxicações. Ao menor sinal de irregularidade, o ideal é acionar órgãos de defesa do consumidor ou autoridades de segurança.
Com informações do Metrópoles