Dar visibilidade, atenção e acolhimento são alguns dos objetivos da celebração do Dia Mundial dos Pobres, que acontece nesta quinta-feira (9), em todo o mundo. Em Belo Horizonte, o evento recebe cerca de mil pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social na Serraria Souza Pinto, no hipercentro da cidade. Uma ação conjunta da Arquidiocese de Belo Horizonte, com a Defensoria Pública do Estado, além de organizações não governamentais, entidades e voluntários vão atender ao público com diversos serviços sociais, de saúde e lazer.
“O atendimento da Defensoria será de orientações na área cível, jurídica, sobre violência doméstica, INSS, pensão alimentícia, auxílio de moradia, ajuda com benefícios, acompanhamento processos judiciais, além de cartilhas educativas de todas as áreas do direito para que essas pessoas se previnam de práticas abusivas que possam acontecer contra elas“, detalhou a defensora pública, Silvana Lobo.
O evento acontece há sete anos, desde que o Papa Francisco instituiu a data, em 2017. Para o padre Júlio Amaral, que é vigário episcopal para ação de social da Arquidiocese de BH, este dia ajuda a dar visibilidade a todas as pessoas que são marginalizadas da sociedade. “Essas pessoas são esquecidas, vivem à sombra, e todos nós temos o dever de olhar com atenção, carinho e respeito. Somos todos irmãos e precisamos dar este acolhimento necessário para alma e para o corpo“, pontuou.
No local, os atendidos recebem lanche e almoço, podem ter serviços de corte de cabelo, barbearia, manicure, recebem roupas, calçados, além de terem atendimento na área da saúde com aferimento de pressão, glicemia e testes de HIV e sífilis. “Eu acho muito bom esse tipo de evento. Moro com minha esposa no Mantiqueira (Venda Nova), e viemos para aproveitar os serviços. Vamos comer, cortar o cabelo e fazer as unhas“, disse.
Já o Luiz Carlos Filho, de 62 anos, brincou dizendo que iria dar “prejuízo” no evento. “Ainda não cortei o cabelo, nem comi, mas vou“, garantiu.
Fonte: O Tempo