A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito de um duplo homicídio motivado pela disputa do tráfico de drogas em Betim, na região Metropolitana de Belo Horizonte. Os crimes aconteceram no final do ano passado e, de cinco suspeitos, apenas dois foram presos.

As investigações ficaram a cargo da delegacia de homicídios da regional Noroeste da capital e da delegacia de homicídios de Betim, como detalha o delegado Otávio Luiz de Carvalho.

Em 23 de novembro do ano passado, o pai de uma mulher de 25 anos foi até a nossa divisão dar queixa sobre o desaparecimento dela no dia anterior. A partir daí, começamos a investigação que nos levou à suspeita de um possível homicídio. Na mesma época, a delegacia em BH passou a investigar o homicídio de um homem, no bairro Glória, que descobrimos que era um amigo da mulher desaparecida“, detalhou.

O homem que foi morto, tinha 25 anos à época, e 15 dias antes de ser alvejado, havia se mudado para a capital depois de simular pelas redes sociais a própria morte. A tentativa era despistar seus desafetos que tinham intenção de executá-lo.

Entendemos que a mulher sequestrada foi atraída por uma outra mulher, que se passou por uma amiga. As duas foram a um bar até que um carro a levou para o cativeiro e matadouro. Os criminosos então pegaram o celular dessa vítima, e, se passando por ela, atraíram o amigo para um sítio. O homem, enganado, deu informações sobre o endereço, e acabou sendo alvejado na porta do apartamento onde estava vivendo“, completou. Nessa ação, um homem de 27 anos, que passava pelo local foi atingido, mas sobreviveu.

 

Motivação

As vítimas e mais um idoso de 63 anos, que desde a época dos crimes está na cadeia, disputavam o tráfico de drogas na região do bairro Jardim das Alterosas, em Betim.

A mulher, especificamente, tinha o papel de transitar entre as bocas e levar informações relevantes até seus aliados.

Já os autores dos crimes, sendo o mandante, de 36 anos, que estava preso na época, três homens, um adolescente e a mulher que teria atraído a vítima, ao descobrirem a ação da mulher, decidiram por executá-la. O corpo dela nunca foi localizado, mas a polícia afirma ter provas suficientes para atestar a morte dela.

Temos as imagens do homicídio do homem. Nelas, vimos um carro preto, com quatro pessoas. Três conseguimos identificar“, disse o delegado.

O mandante dos crimes, que estava preso e depois foi solto, agora segue detido novamente. Como um dos autores, à época, era menor de idade, ele responde como menor infrator. A polícia pediu a apreensão dele. Outro suspeito, de 23 anos, também foi identificado e preso. Já a mulher que atraiu a vítima e e outro suspeito identificado, seguem foragidos.

Um dia envolvidos não foi identificado, nem pelos comparsas que estavam no veículo usado na ação, e segue solto.

Eles vão responder por duplo homicídio triplamente qualificado, tráfico de drogas e ocultação de cadáver“, finalizou.

 

Fonte: O Tempo

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