O secretário de Governo de Belo Horizonte, Guilherme Daltro, afirmou que o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) deverá se envolver nas articulações para a eleição ao governo de Minas Gerais em 2026. Em entrevista ao programa Café com Política, do jornal O TEMPO, Daltro disse que Damião pretende dialogar com o senador Rodrigo Pacheco (PSD) e com o vice-governador Mateus Simões (Novo).

Segundo ele, embora o foco do prefeito seja a administração da capital, o engajamento político é inevitável: “O Álvaro é uma pessoa que também é um animal político. Ele gosta de palanque, ele gosta de fazer política e, obviamente, a gente analisa o cenário”.

Conforme o secretário, conversas com lideranças estaduais já estão em curso. “A gente tem conversado com o senador Rodrigo Pacheco e, muito brevemente, devemos ter uma conversa com o vice-governador Mateus Simões, que tem uma relação de amizade com Álvaro, desde quando foram vereadores, de uma admiração mútua”, afirmou.

Daltro também destacou que o nome do prefeito da capital ocupa posição de destaque no cenário estadual, o que aumenta seu peso nas decisões políticas: “Naturalmente, o nome do Álvaro é o número dois do Estado, depois do governador”. Apesar disso, o secretário reforçou que Damião não pretende acelerar esse processo neste momento. “A gente não quer catalisar um processo desse. Agora a gente tem uma cidade para tocar. A questão de política partidária corre em paralelo, dentro do que a gente pode fazer nos momentos em que a gente não está trabalhando e cuidando da cidade”, explicou.

Sobre o cenário político nacional, Daltro avaliou que as mudanças na legislação eleitoral e o financiamento público têm levado os partidos a se unirem em federações para garantir acesso a recursos e influência no Congresso. Ele mencionou a federação entre União Brasil e Progressistas, à qual Damião está vinculado, como um dos fatores a serem considerados nas articulações futuras.

O secretário concluiu dizendo que, embora o apoio do prefeito a um candidato ao governo estadual seja certo, a escolha será feita apenas “no momento oportuno”, com base nas conjunturas que ainda estão em formação.

 

Fonte: Mariana Cavalcanti e Letícia Fontes- O Tempo

 

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