A produção industrial de Minas Gerais aumentou 3,4% em dezembro de 2021, em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, sendo superior ao crescimento nacional (2,9%). Enquanto isso, na passagem de novembro para dezembrde 2021, o volume de vendas do comércio varejista em Minas Gerais apresentou recuo de 1,7%, seguindo a média nacional de vendas do varejo que mostrou recuo de 0,1%. Dezenove das 27 Unidades da Federação apresentaram resultados negativos.

Em relação à indústria, Minas Gerais e outros nove locais, dentre os quinze pesquisados, tiveram aumento da produção entre novembro e dezembro, enquanto os outros cinco locais recuaram. Amazonas (14,0%), Goiás (8,8%) e Paraná (7,6%) assinalaram as expansões mais acentuadas, enquanto Santa Catarina (-2,7%) e Rio Grande do Sul (-2,1%) apontaram os recuos mais intensos nesse mês. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) foi divulgada nesta quarta (9) pelo IBGE.

“O ano de 2021 fechou no positivo, mas foi volátil durante os meses. No primeiro semestre a trajetória foi mais crescente, e o ganho acumulado chegou a ser de 13%. Mas, no segundo semestre, houve perda de fôlego e a produção teve sequência de quedas”, explicou Bernardo Almeida, gerente da pesquisa.

Os destaques do ano ficaram para os resultados de Santa Catarina (10,3%), Minas Gerais (9,8%) e Paraná (9,0%), os primeiros em crescimento absoluto, além de São Paulo (5,2%), a maior influência na expansão apresentada em 2021, muito graças ao tamanho e ao peso do parque industrial paulista. Onze das 18 atividades da indústria paulista cresceram no ano, com destaque para o setor de veículos, onde caminhões, automóveis e caminhão-trator para reboques tiveram os aumentos mais relevantes. “O setor de máquinas e equipamentos, com aumento na produção de escavadeiras, rolamentos para equipamentos industriais e carregadoras-transportadoras, também contribuiu”, ponderou Almeida.

Em relação ao comércio, 2021 foi o quinto ano consecutivo de resultados positivos para o volume de vendas no varejo e o resultado foi bem próximo dos dois anos anteriores, que registraram alta de 1,2% (2020) e de 1,8% (2019). O último ano a acumular perdas em relação ao ano anterior foi 2016 (-6,2%).

O comércio vinha registrando crescimento na primeira parte de 2021 (6,7%), mas teve uma sequência de quedas no segundo semestre, que acabou sendo encerrado com recuo de 3,0%. O comportamento foi inverso ao ano de 2020, que teve queda no primeiro semestre (-3,2%) e alta no segundo (5,1%).

“Como o primeiro semestre de 2020 foi marcado pelo início da pandemia de Covid-19 no Brasil, com o fechamento do comércio durante vários meses em boa parte do país, a base de comparação para o primeiro semestre de 2021 era baixa e, portanto, o crescimento nesse período era esperado. Já a segunda metade de 2020 foi marcada pela retomada das atividades, enquanto que o mesmo período de 2021 não teve tanta força para o volume de vendas no varejo”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Fonte: IBGE Informa

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