A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17) a Operação Rejeito, que apura um esquema de corrupção envolvendo a liberação irregular de licenças ambientais no setor de mineração. Entre os principais alvos da investigação está o ex-secretário de Meio Ambiente de Piumhi, Arthur Ferreira Rezende Delfim, que atualmente ocupa o cargo de diretor da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM). Contra ele, foi expedido um mandado de prisão preventiva pela Justiça Federal.
De acordo com as investigações, Arthur Delfim teria recebido valores de forma irregular, supostamente intermediados por outros servidores da FEAM. Em um episódio ocorrido em fevereiro deste ano, a Polícia Federal aponta que Rodrigo Gonçalves Franco, presidente da fundação, teria solicitado R$ 50 mil adicionais para serem repassados ao ex-secretário.
Além do ex-secretário de Piumhi, a Operação Rejeito também levou à prisão de figuras importantes do setor. Caio Mario Seabra, diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), foi preso preventivamente, suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propinas por meio de um escritório de advocacia.
Outro investigado é Rodrigo de Melo Teixeira, delegado federal e ex-diretor da Polícia Federal na Diretoria de Polícia Administrativa. Atualmente cedido à Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), ele é apontado como sócio oculto de uma empresa do ramo minerário.
Prisões e bloqueios bilionários
Ao todo, a operação cumpre 22 mandados de prisão temporária e 79 de busca e apreensão em várias cidades de Minas Gerais, incluindo Piumhi. Até o momento, 14 pessoas foram presas. A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens que somam R$ 1,5 bilhão.
Sem resposta da defesa
A reportagem tentou contato com a defesa de Arthur Ferreira Rezende Delfim, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
O Jornal 104 FM reitera que permanece à disposição para publicar manifestações e esclarecimentos das partes citadas, garantindo o direito ao contraditório.
Com informações do 104 FM