Familiares de reféns israelenses sequestrados pelo grupo Hamas em 7 de outubro de 2023 realizaram uma série de protestos nesta terça-feira (26), bloqueando importantes rodovias do país, como a Rota 1 e a Rota 443 — principais ligações entre Tel Aviv e Jerusalém. A mobilização cobra do governo um acordo imediato com o grupo palestino para libertar os reféns e encerrar o conflito na Faixa de Gaza.

Os manifestantes percorreram ruas com megafones e faixas, gritando os nomes dos reféns ainda em cativeiro. Imagens divulgadas mostram pneus queimados obstruindo vias e familiares exibindo cartazes com apelos por paz e libertação. O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, que organizou os atos, afirma que mais de 80% da população israelense apoia um acordo para pôr fim à guerra e garantir o retorno dos cativos.

A pressão ocorre após o Hamas anunciar, no último dia 18, que aceitou uma proposta de cessar-fogo mediada por Egito e Catar. O plano prevê a suspensão das operações militares por 60 dias e a troca de metade dos reféns israelenses por prisioneiros palestinos. Segundo fontes próximas às negociações, o texto é praticamente idêntico a uma versão previamente aprovada por Israel, mas ainda não houve posicionamento oficial do governo.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que se reunirá com o conselho de segurança às 16h (horário local) para discutir a situação em Gaza e possíveis estratégias de negociação. O Fórum de Reféns acusa Netanyahu de não apresentar a proposta aos ministros, apesar de o documento estar disponível há mais de uma semana.

Na semana anterior, o grupo já havia convocado uma marcha antiguerra em Tel Aviv, reforçando o apelo por uma solução diplomática. Desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, cerca de 50 reféns permanecem sob custódia do grupo, segundo estimativas oficiais.

Com informações do Metrópoles

 

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