O foragido após ‘saidinha’ de Natal, que matou o sargento da PM Roger Dias da Cunha, pode pegar até 30 anos de prisão, conforme prevê a legislação. O homem, de 25 anos, cumpria pena por quatro condenações de roubo e falsificação de identidade quando foi beneficiado pela saída temporária e não retornou no prazo definido pela Justiça.
Além da pena por roubo já estipulada, o detento foi indiciado pela Polícia Civil (PC) por homicídio quadruplamente qualificado, com os seguintes qualificantes:
- Motivo fútil
- Meio cruel
- Impossibilidade de defesa
- Tentativa de assegurar a impunidade
Segundo a delegada Ariadne Coelho, durante as investigações ele confessou à polícia que atirou no militar para não voltar à cadeia. A ficha criminal dele contém ainda 18 registros, dentre eles, tráfico de drogas, receptação e ameaça.
Para a porta-voz da Polícia Militar, major Layla Brunella o indiciado é um criminoso contumaz. A oficial afirmou que a prisão dele tranquiliza a sociedade.
“Quando nós temos um membro da segurança atingido, nós temos um ataque contra o Estado e a sociedade. Essa resposta precisa ser rápida e não podemos deixar isso impune. (…) Agora com a conclusão do inquérito esperamos contar com o Poder Judiciário para o andamento processual e todas as etapas devidas para que ele permaneça preso”, observou a major.
Relembre o caso
O sargento Roger Dias da Cunha participava de uma perseguição contra dois suspeitos de assalto na avenida Risoleta Neves, altura do bairro Novo Aarão Reis, na região Norte. O veículo em que os dois suspeitos estavam só parou quando bateu em um poste.
Após o acidente, os suspeitos desceram do carro e continuaram a fuga a pé. Um deles, de 29 anos, foi alcançado pelo sargento. Porém, no momento em que ele dá ordem de parada, o criminoso saca uma arma e atira, atingindo cabeça e perna.
Roger Dias foi socorrido por colegas e levado para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. Em seguida, encaminhado para o João XXIII. Ele ficou internado em estado gravíssimo por três dias. Os projéteis estavam alojados no cérebro. A morte foi confirmada dois dias depois.
O suspeito de atirar no policial foi preso minutos depois. Já o segundo, de 33 anos, foi localizado escondido dentro de um chiqueiro. Os dois tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia.
O sepultamento ocorreu no último dia 9 em um jazigo de honra da Polícia Militar, no Bosque da Esperança, em BH. A família autorizou a doação dos órgãos do militar.
O sargento Roger Dias era casado e deixa uma filha de cinco meses. Ele estava na Polícia Militar há cerca de 10 anos.
Fonte: Hoje em Dia