Foi preso preventivamente, nesta terça-feira (5), o homem de 37 anos que é suspeito de tentar matar a companheira ateando fogo na mulher, de 36, enquanto ela dormia.

O crime aconteceu no dia 24 de fevereiro deste ano na zona rural de Inhapim, cidade da região do Rio Doce. Segundo relatos, após colocar fogo na vítima, o suspeito teria ficado “assistindo” enquanto ela queimava.

De acordo com  a Polícia Civil, no dia do crime o casal teria consumido bebidas alcoólicas na casa onde viviam, no distrito de Córrego Bela Fama e, em um momento, a vítima resolveu ir dormir. Alguns minutos depois, o suspeito pegou um galão de gasolina, derramou o líquido sobre a mulher e acendeu o fogo.

Durante as investigações, os policiais constataram que o homem tinha longo histórico de violência doméstica contra a vítima, porém, ela não teria buscado ajuda da polícia por medo do suspeito e, também, por conta dos filhos.

A própria vítima, que segue hospitalizada, relatou que foi agredida diversas vezes com socos, chutes, tentativas de enforcamento, entre outras violências. Além disso, ainda conforme a Polícia Civil, ele já teria ameaçado de colocar fogo na mulher anteriormente.

Vítima andou 4 km para pedir ajuda

No dia do atentado, a mulher teria conseguido apagar as chamas sozinha. Para isso, ela correu para o banheiro e conseguiu conter o fogo ao ligar o chuveiro. Em seguida, ela fugiu da casa e pediu socorro a familiares, precisando de caminhar por cerca de 4 quilômetros até conseguir a ajuda.

Por conta do ataque, ela sofreu queimaduras de segundo grau em 40% do corpo. Passados dez dias desde o crime, a vítima segue internada.

Após cometer o crime, o suspeito fugiu por uma mata da região. Ele responderá por tentativa de homicídio com quatro agravantes: motivo torpe, meio que dificultou defesa da vítima, emprego de fogo e por se tratar de tentativa de feminicídio.

A importância da denúncia

Por fim, a Polícia Civil aproveitou para orientar a população a denunciar todo caso de violência doméstica e familiar contra a mulher.

“O registro pode ser feito diretamente em unidade policial, via telefones 180 ou 181, e também pela Delegacia Virtual nos casos de ameaça, vias de fato/lesão corporal e descumprimento de medida protetiva”, detalhou.

A instituição policial produziu um manual para orientar a população sobre como denunciar. Para acessar o material, clique aqui.

Fonte: O Tempo

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