Dois homens foram presos pela Polícia Civil de Minas Gerais por envolvimento na morte brutal de um jovem de 20 anos, após uma festa na região da Pampulha, em Belo Horizonte, no dia 15 de junho. A vítima foi espancada até a morte após um desentendimento com motivação relacionada a facções criminosas. Outro jovem também foi agredido, mas conseguiu fugir. Os detalhes da investigação foram apresentados nesta terça-feira (2) pela delegada Ariadne Coelho.
De acordo com a Polícia Civil, a confusão teve início ainda durante a festa, realizada em um rooftop. Um dos suspeitos, com o cabelo tingido de vermelho e supostamente ligado ao Comando Vermelho (CV), trocou xingamentos e sinais de facção com a vítima. O jovem teria dito “tudo três”, expressão associada ao Terceiro Comando Puro (TCP), grupo rival, o que motivou a discussão.
Após o término do evento, os suspeitos emboscaram os dois jovens em uma rua próxima. Um deles conseguiu escapar, mas o outro foi brutalmente agredido, mesmo após já estar inconsciente. Segundo a delegada, um dos suspeitos chegou a gritar durante as agressões: “aqui é o crime, é só mais uma vida”.
A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Risoleta Neves, mas não resistiu aos ferimentos e morreu uma semana depois, devido a uma hemorragia intracraniana. Conforme as investigações, apesar de ter feito gestos relacionados a uma facção, não há indícios de que o jovem tivesse envolvimento com o crime organizado.
Após diligências, os suspeitos foram identificados. Um deles foi localizado e preso na casa da avó, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O outro conseguiu fugir, mas se apresentou à delegacia cinco dias depois, acompanhado de um advogado.
Segundo a delegada Ariadne Coelho, os dois homens pertencem a um grupo criminoso chamado “Equipe Ódio” e mantinham contato com integrantes do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, ostentavam armas e drogas. Um dos suspeitos possui extensa ficha criminal, incluindo registros por homicídio, tráfico de drogas, roubo, porte ilegal de arma de fogo e violência contra a mulher. A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer outros possíveis envolvidos no crime.
Com informações do Hoje em Dia