Um jovem de 27 anos, acusado de matar a ex-sogra, foi julgado e condenado na sexta-feira (13) em Divinópolis.
O crime foi há pouco mais de dois anos na Comunidade de Lava-Pés.Yuri de Medeiros, já estava preso desde o crime, em fevereiro de 2020. Ele foi condenado a 16 anos de prisão.
O crime
Segundo o inquérito da Policia Civil, ele matou com dois tiros a ex-sogra Rosa Ana da Silva, que na época tinha 67 anos. A arma usada no crime era do pai dele, um policial militar reformado.
O motivo do homicídio, de acordo com a investigação, foi porque Yuri não queria devolver parte dos móveis após a separação com a filha da vítima, com quem ficou casado por mais de quatro anos.
Julgamento
A primeira testemunha ouvida foi o tenente que fez a prisão em flagrante de Yuri. Parentes da vítima contaram que Yuri agredia a ex-mulher e que após a separação passou a ameaçá-la.
A jovem confirmou que apanhava constantemente e que esse foi o motivo do pedido de divórcio. Contou também ao juiz que um ano depois da separação ainda recebia ameaças. O promotor mostrou mensagens e áudios em um notebook, e a ex-mulher confirmou que eram as ameaças do ex-marido.
O pai de Yuri também foi ouvido. Ele contou que três anos antes do crime, o filho já estava fazendo tratamento por causa do alcoolismo, que tinha alucinações e que tomava remédio controlado. Desde que foi preso, há dois anos três meses, ele se mantém em silêncio.
A acusação defendeu a tese de que foi um crime por motivo fútil e que não permitiu defesa da vítima.
“Efetivamente todo o crime foi premeditado por ele, uma vez que havia algumas divergências entre ele e a sogra, e ele em determinado momento foi até a casa da vítima e a executou friamente”, disse o promotor público, Marco Antônio.
Para o advogado de acusação o crime foi premeditado e classificado como bárbaro.
“Foi um crime bárbaro, premeditado, em que uma jovem, pensando em buscar um amor para a sua vida, acabou levando para dentro de casa aquele que mataria a sua mãe”, pontuou o advogado de acusação, Hudson Maldonado.
A mesma legislação que garante o direito ao silêncio, também prevê benefícios a quem confessa o crime e mostra arrependimento. Essa foi estratégia adotada pela defesa.
“Orientamos que ele assuma a autoria dos fatos e demonstre arrependimento para melhor encaminhamento da sentença”, finalizou o defensor público, Vanderlei Capanema.
Fonte: G1