A Secretaria Municipal de Saúde realizou, de 22 a 25 de maio, o segundo Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) do ano. Durante a avaliação foi constatado que o município está com “médio risco” de epidemia de dengue, com o índice de infestação predial de 1,1. No levantamento realizado em maio de 2022, o resultado foi de 2,5. Houve queda de 1,4 no resultado. As estatísticas apontam que, com resultado entre 0 até 0,9 o município enquadra-se em situação de “baixo risco”; de 1,0 a 3,9 é “médio risco” e acima de 4,0 é considerado “alto risco”.

O resultado do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti serve para exemplificar que, para cada 100 imóveis existentes em Formiga, 1,1 deles têm focos do mosquito. Além do índice de infestação predial, o levantamento apresenta o “Índice de Breteau” (um valor numérico que define a quantidade de Aedes aegypti em fase larvária encontrada dentro das residências e serve como referência para medir o nível de infestação do mosquito), no qual o resultado foi de 1,2, indicando que para cada 100 imóveis pesquisados durante o LIRAa, 1,2 possuem recipientes com larvas positivas.

O LIRAa foi realizado em 1.680 imóveis (residências, terrenos baldios, comércios e outros). A maioria dos focos foi encontrada nas residências, 89,4% do total. A porcentagem de recipientes com larvas positivas para Aedes aegypti dentro das casas é alto, isso mostra integralmente a “preferência” do mosquito para desovar em ambiente residencial e o quanto a população ainda precisa melhorar as ações de prevenção.

Predominaram os focos em primeiro lugar no lixo doméstico (recipientes plásticos, latas, garrafas, sucatas, entre outros), seguido por depósitos móveis (pratos de plantas, bebedouros, baldes), em terceiro, os depósitos ao nível do solo (tanques, tambores e similares) e, por último, nos depósitos fixos, como calhas, ralinhos e pneus.  A equipe do setor de Endemias observou que os focos do mosquito predominaram em recipientes de fácil eliminação e que uma parte da população ainda não descarta esses materiais da maneira mais adequada.

Ações

O setor de Endemias continuará com a intensificação das ações de campo e atividades educativas, como preconiza o Programa Nacional de Controle às Arboviroses e seguindo orientações de estratégias discutidas e planejadas pelo Comitê de Enfrentamento às Arboviroses do Município. Com o resultado do segundo LIRAa do ano, os agentes de endemias realizarão trabalho diferenciado nos bairros nos quais o índice foi mais alto. Além do tratamento focal, os agentes irão reforçar o trabalho educativo nessas localidades. 

O mosquito 

O mosquito transmissor da dengue tem hábitos residenciais, devido a sua preferência pelo sangue humano, por isso são encontrados muitos focos nas residências e em lugares “inusitados”, como tecido de guarda-chuva, tampinha de refrigerante, panelas jogadas no quintal, entre outros. Com isso, o Aedes aegypti completa seu ciclo o mais próximo possível do ser humano.

O transmissor deposita seus ovos em água parada, na parede dos criadouros, próximo à superfície da água e não diretamente nela, por isso a importância de passar escova ou bucha em recipientes que tiverem água parada. O ovo pode sobreviver em média de um ano “no seco” e, assim que entrar em contato com a água, dentro do seu período de durabilidade, ele pode seguir seu ciclo. Esse fator, ligado ao descuido da população, explica a dificuldade de erradicar o mosquito.

Fonte: Decom

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