O trecho no Lago de Furnas, em Capitólio, onde ocorreu o acidente que matou dez pessoas continua interditado para passeios náuticos. A informação foi confirmada para a TV Integração pelo prefeito Cristiano Geraldo na última sexta-feira (25). Apesar dessa informação, Cristiano explicou que o local passou por estudo geológico e em breve deverá ser reaberto.

Enquanto isso não acontece, o prefeito disse que há outras áreas do Lago que estão abertas e autorizadas a receber os passeios náuticos.

” Todo o restante do lago, todos os outros atrativos turísticos estão abertos em Capitólio. A única coisa que ainda aguarda a gente regularizar, normatizar, é a questão do acesso na parte onde houve o acidente”, disse o prefeito

Nesta segunda-feira (28), o G1 entrou em contato com algumas agências de passeios náuticos de Capitólio que informaram por telefone que os passeios na área liberada estão ocorrendo, a maioria, por meio de agendamentos. Os valores variam entre R$ 150 a R$ 190 por pessoa.

Reviva Capitólio

O município, em parceria com prefeituras da região, Governo de Minas e várias entidades lançaram no início de fevereiro o programa “Reviva Capitólio”– Viva o Mar de Minas” com intuito de resgatar com segurança as atividades turísticas da região, que sofre com a queda no setor, que é o principal gerador de emprego e renda das cidades às margens do lago. Um total de 80 ações e investimento de R$ 5 milhões visam recuperar e garantir a segurança do turismo na região com o projeto.

As ações serão integradas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), além das prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, polícias Militar (PM) e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Instâncias de Governanças Regionais (IGRs), Sebrae, Fecomércio, Sesc, Senac e sociedade civil. A ação integra o programa Reviva Turismo do Governo de Minas.

“Temos todos os segmentos turísticos, não só o náutico, mas o de aventura, ecoturismo, o cicloturismo. Nossa região tem uma potencialidade grande para explorar esses novos segmentos. Então esse projeto traz força para direcionar e potencializar esses caminhos. Ficamos felizes com os investimentos que serão feitos, os recursos que estão sendo captados para trabalhar essa iniciativa. É uma conquista para a região nesse momento de recuperação”, pontuou o prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo

Estudo

Um mapeamento de risco na região dos cânions tem sido feito por geólogos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). Esta foi a primeira vez que a região do Lago de Furnas passou por um estudo como este.

Segundo os geólogos, são duas frentes de trabalho. Pela água, uma equipe de especialistas mapeia os riscos na região dos cânions em Capitólio e do alto, outra equipe de alpinistas escala as pedras para fazer a avaliação. O estudo começou nesta semana e deve ser concluído em até 60 dias.

Na época da tragédia, o Lago de Furnas estava aproximadamente 4 metros mais baixo do que está agora e, segundo geólogos, isso pode ter interferido no rompimento da rocha. No início de fevereiro o lago atingiu a cota mínima de 762 metros, que era esperada por anos, o que aumentou o nível da água em cerca de 5 metros.

O Lago de Furnas tem aproximadamente 1.440 quilômetros quadrados de extensão. São mais de 10 pontos turísticos na represa. Dois, incluindo o local da tragédia, seguem interditados até que haja segurança para liberação do acesso.

Fonte: G1

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