Minas Gerais terá um dia D de combate à dengue no sábado de 23 de março. A ação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, em coletiva nesta terça-feira (12).

A iniciativa irá mobilizar mutirões comunitários para eliminar os focos de Aedes aegypti, além de ações de conscientização para orientar a população sobre a responsabilidade diária de manter ambientes livres de focos do mosquito. Em Minas, a cada 12 segundos, um novo caso suspeito de dengue é registrado.

Conforme a pasta de saúde do Estado, cerca de 350 municípios já aderiram ao dia D, em uma ação integrada entre Governo Estadual e as Secretarias Municipais de Saúde. As Prefeituras que ainda não fazem parte do movimento podem procurar a Unidade Regional de Saúde da qual fazem parte.

Vacinação: nem 30% das crianças se vacinaram

Bacheretti mostrou preocupação com a vacinação contra a dengue em Minas Gerais. Segundo dados da SES-MG, 18.870 doses já foram aplicadas em crianças de 10 a 14 anos de idade, público-alvo no momento. Os números correspondem a 24% do total das 78.790 vacinas distribuídas pelo Governo aos 22 municípios escolhidos pelo Ministério da Saúde.

“Está abaixo. Geralmente, quando estamos com muitos casos de uma doença, a busca é aumentada. Estamos vivendo o pior momento de dengue da história, mesmo assim, com uma procura aquém do esperado”, lamenta o secretário, que defende uma atuação mais ‘ativa’ na vacinação para mudar o quadro.

“A gente vem estimulando aos municípios a sair um pouco do habitual de vacinar no posto de saúde. Crianças estudam e não têm a possibilidade de ir com os pais ou responsáveis no dia de semana. Por isso, a vacinação nas escolas está sendo estimulada. Os municípios têm que mudar a estratégia. Se continuarem com a mesma estratégia de esperar os pacientes, crianças e adolescentes, no posto de saúde, nós vamos perder uma oportunidade dessa janela de imunização”, avalia.

Também de acordo com o secretário de saúde mineiro, não há previsão para ampliar a vacinação para mais municípios. O secretário cita falta de vacinas disponíveis no mercado.

“Há uma expectativa do laboratório Taqueda aumentar a sua produção ainda neste ano. Isso vai melhorar a entrega para o próximo ano, na expectativa de mais um lote da vacina. Mas, também, pode ocorrer a transferência da tecnologia para a Fiocruz, com produção nacional, em um parque tecnológico que consegue produzir uma maior quantidade de vacinas. E também a vacina do Butantan, para se aprovada até o início do ano que vem”, projeta.

Fonte: O Tempo

 

COMPARTILHAR: