A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou nesta terça-feira (30) 104 mortes por dengue em 2023. O número é 57% maior que os 66 óbitos registrados em todo o ano passado.

Desde o final de março o Ministério da Saúde classificou Minas Gerais em epidemia por arboviroses. O último dado do governo federal, atualizado nessa segunda-feira (29), aponta que o país inteiro tinha 573 mortes por dengue, além de 1,3 milhão de casos prováveis. Em Minas Gerais, são 359 mil casos prováveis e 185 mil confirmados. O Estado investiga, ainda, 126 mortes relacionadas à doença.

Os casos de chikungunya em Minas são ainda mais representativos em nível nacional. Das 35 mortes no país por essa doença, 21 foram confirmadas pela Secretaria de Saúde em Minas Gerais. Dos 112 mil casos prováveis no Brasil, Minas tem 69 mil pacientes nessa condição, além de confirmar a doença em outros 36 mil. A pasta da saúde também investiga outros 17 óbitos por chikungunya em Minas.

Um pouco mais “controlado” a nível estadual, o zika vírus tem 24 casos confirmados e nenhum óbito registrado.

Montes Claros, no Norte de Minas, é a cidade com mais casos e mortes por chikungunya, além de mais pacientes diagnosticados com zika vírus. Já Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é onde há mais casos e óbitos por dengue em Minas Gerais.

Cuidados

  • Eliminar água armazenada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção é a melhor forma de evitar a proliferação do Aedes aegypti;
  • Deixe sempre bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d’água, poços, cacimbas, tambores de água ou tonéis, cisternas, jarras e filtros;
  • Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Coloque areia fina até a borda do pratinho;
  • Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas;
  • Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc.) e guarde garrafas vazias de cabeça para baixo;
  • Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto;
  • Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechado. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo menos uma vez por semana;
  • Retire sempre a água acumulada da bandeja externa da geladeira e lave com água e sabão;
  • Sempre que for trocar o garrafão de água mineral, lave bem o suporte no qual a água fica acumulada;
  • Mantenha sempre limpo: lagos, cascatas e espelhos d’água decorativos. Crie peixes nesses locais, eles se alimentam das larvas dos mosquitos;
  • Lave e troque a água dos bebedouros de aves e animais no mínimo uma vez por semana;
  • Limpe frequentemente as calhas e a laje das casas, coloque areia nos cacos de vidro no muro que possam acumular água;
  • Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro e limpe-a uma vez por semana. Se não for usá-la, evite cobrir com lonas ou plásticos;
  • Mantenha o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas, limpando os latões e mantendo as lixeiras tampadas.
  • Não jogue lixo em terrenos baldios, construções e praças;
  • Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em residência ou estabelecimento comercial.

Fonte: O Tempo

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