Minas Gerais ocupa posição estratégica no cenário internacional ao concentrar os maiores depósitos de terras raras do Brasil — elementos fundamentais para a indústria de alta tecnologia e cada vez mais relevantes nas disputas geopolíticas globais. A crescente demanda por esses minerais, usados em equipamentos eletrônicos, baterias e sistemas de defesa, tem colocado o estado no centro das atenções em meio a tensões comerciais entre Estados Unidos e China, à guerra na Ucrânia e até em episódios diplomáticos envolvendo Brasil e EUA.

Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, o Brasil possui a segunda maior concentração mundial de terras raras, com reservas estimadas em 21 milhões de toneladas, o equivalente a 23,3% do total global. O levantamento foi realizado pelo Serviço de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS), que aponta um potencial mundial de 90 milhões de toneladas até 2024. A China lidera com 44 milhões de toneladas (48,8%), seguida pelo Brasil, Índia (6,9 milhões), Austrália (5,7 milhões) e outros países (12,4 milhões).

No território brasileiro, os depósitos mais expressivos estão em Minas Gerais, associados a formações de rochas alcalinas e carbonatíticas. As principais localidades incluem Araxá, Poços de Caldas e Tapira. Também há reservas relevantes em São Paulo, nas regiões de Jacupiranga e Itapirapuã, e em Goiás, no município de Catalão.

Com esse cenário, Minas Gerais se consolida como peça-chave na cadeia global de suprimentos de terras raras, reforçando seu papel na segurança energética, na inovação tecnológica e nas estratégias internacionais de abastecimento.

Com informações do Estado de Minas

 

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