Ace Frehley, guitarrista e um dos fundadores da banda Kiss, morreu nessa quinta-feira (16), aos 74 anos. Conhecido pelos solos de guitarra extravagantes e pela presença de palco marcante, o músico estava internado desde o mês passado após sofrer um acidente em seu estúdio doméstico, onde bateu a cabeça. Ele foi diagnosticado com hemorragia cerebral e entrou em estado vegetativo após sofrer um AVC.

Frehley integrou a formação original do Kiss em 1972, conquistando os colegas Gene Simmons e Paul Stanley ao interromper sua segunda audição com um solo de guitarra que impressionou os fundadores da banda. No palco, adotava o personagem “Spaceman”, um alienígena do planeta fictício Jendell, com figurinos chamativos e maquiagem prateada ao redor dos olhos — apesar de rumores sobre uma possível alergia à maquiagem.

Sua técnica ousada, com forte influência do blues, aliada à teatralidade e ao uso de efeitos pirotécnicos, tornou-se uma das marcas registradas do grupo. Um de seus solos mais celebrados está na faixa Shock Me, do álbum Love Gun (1977), eleita em 2022 como o 43º melhor solo de guitarra de todos os tempos pelos leitores da revista Guitar World.

Em 1982, Frehley deixou o Kiss após divergências criativas. A saída foi seguida por um período conturbado, marcado por problemas com álcool e drogas. O músico chegou a vender uma de suas guitarras para quitar dívidas e foi preso em 1983 por dirigir embriagado, após ser perseguido pela polícia em seu DeLorean.

Em 1987, iniciou carreira solo e, com o tempo, voltou a ganhar destaque. Reencontrou os ex-companheiros do Kiss em duas apresentações especiais, realizadas em 1996 e 2002.

A família do músico divulgou um comunicado lamentando a perda: “Estamos completamente devastados e com o coração partido. Em seus últimos momentos, tivemos a sorte de poder cercá-lo de palavras, pensamentos, orações e intenções amorosas, atenciosas e pacíficas enquanto ele deixava esta Terra”.

“Guardamos com carinho todas as suas melhores lembranças, suas risadas e celebramos a força e a bondade que ele dedicou aos outros. A magnitude de sua morte é de proporções épicas e incompreensível. Ao refletir sobre todas as suas incríveis conquistas de vida, a memória de Ace continuará viva para sempre”, conclui a nota.

Com informações do Metrópoles

 

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