O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) postou um vídeo em sua conta no Instagram rebatendo as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que o chamou de ‘moleque’ durante uma entrevista na semana passada ao portal ICL Notícias.

A fala de Haddad veio após ele ser questionado sobre a enorme repercussão de um vídeo publicado por Nikolas em janeiro falando sobre a possibilidade de o governo federal taxar as transações via Pix. Em menos de 48h, o vídeo já tinha ultrapassado a marca de 300 milhões de visualizações e acabou sendo decisivo para o Executivo revogar normas que ampliavam a fiscalização sobre a transação.

Se essa for a crítica que as pessoas vão fazer à Fazenda, estou bem na foto. Quer dizer, uma fake news de um moleque, que, por acaso, é deputado, abalar um governo? Não quero crer que isso seja objeto sério de um ministro de Estado”, afirmou Haddad na entrevista.

Nikolas, por sua vez, disse que fez o governo federal ‘arregar’ e revogar as medidas. “Um moleque que, por acaso, fez vocês arregarem. Um deputado que, por acaso, 1.492.000 votos”, disse ele no vídeo.

 

Entenda a crise do Pix

Em janeiro, o governo anunciou que a Receita Federal iria monitorar os dados sobre transações de todas as operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento. Além das informações sobre os cartões em si, o Fisco iria acompanhar, inclusive, os dados sobre transferências feitas via Pix. Antes, o leão já acompanhava os dados vindos de bancos tradicionais, públicos e privados.

A medida causou repercussão negativa e deu brecha para publicações de fake news nas redes sociais. Algumas informações sobre uma possível taxação do Pix começaram a circular intensamente. Políticos de oposição aproveitaram a oportunidade para criticar o governo, sendo que o vídeo de Nikolas Ferreira viralizou.

Não, o Pix não será taxado. Mas é bom lembrar que a comprinha da China não seria taxada, foi. Não teria sigilo, mas teve. Você ia ser isento do Imposto de Renda, não será mais”, afirma Nikolas no vídeo. “Qual o objetivo real dessas medidas? Arrecadar mais impostos, tirar dinheiro do seu bolso”, disse o deputado em um trecho do vídeo.

Acuado, o governo federal negou a criação ou a elevação de tributos para esse meio de transferência e pagamento, mas o estrago já estava feito e a medida acabou sendo revogada.

 

Fonte: Mateus Castanha / Itatiaia

 

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