A farmacêutica norte americana Eli Lilly informou que o seu novo remédio, chamado de Donanemab, retarda em até um terço do tempo o avanço do Alzheimer. Apesar do otimismo com a novidade, seus efeitos colaterais ainda são considerados perigosos – dois voluntários, e possivelmente um terceiro, morreram devido a um inchaço no cérebro.

De acordo com a Alzheimer’s Disease International, cerca de 55 milhões de pessoas tinham a doença em 2020. E a tendência é que esse número aumente, por causa do envelhecimento da população. Em 2030, a previsão é sejam 78 milhões afetadas e, em 2050, 139 milhões.

O novo tratamento utiliza anticorpos pra limpar a proteína beta-amiloide – gosma pegajosa que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer. A substância se concentra nos espaços entre os neurônios, formando placas que caracterizam a doença.

Segundo a empresa, 1.734 pessoas com Alzheimer em estágio inicial participaram dos estudos. O donanemab reduziu o avanço da doença em cerca de 29% no geral, e em 35% em um grupo de pacientes considerados mais propensos a responder ao tratamento.

Porém, até um terço dos voluntários apresentaram inchaço cerebral como efeito colateral. Na maioria das pessoas, o edema era leve ou assintomático e foi identificado através de exames. Mas, 1,6% dos pacientes desenvolveram um inchaço cerebral perigoso. Duas pessoas morreram diretamente por causa do edema e uma terceira após a identificação dos casos.

Estamos encorajados pelos potenciais benefícios clínicos que o Donanemab pode proporcionar, embora, como muitos tratamentos eficazes para doenças debilitantes e fatais, existam riscos associados que podem ser graves e mortais“, disse Mark Mintun, vice-presidente de pesquisa em neurociência e desenvolvimento do grupo Eli Lilly, em entrevista à BBC.

A farmacêutica informou que vai iniciar o processo de aprovação do medicamento para uso em hospitais nos próximos meses.

 

Fonte: Itatiaia

 

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