O número de jovens que não trabalham, não estudam e nem se qualificam profissionalmente, no Brasil teve uma queda proporcional em 2024, é o que apontam dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (13). Essa parcela da população, de 15 a 29 anos, recuou de 19,8% em 2023, para 18,5% em 2024. O patamar mais recente é o menor da série histórica do instituto, que passou por atualização em 2019.
Segundo matéria do InfoMoney, o IBGE associou a redução ao mercado de trabalho, que apresentou um desempenho positivo no ano passado. Os dados integram um módulo de educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
No início da série, em 2019, o percentual de jovens afastados do trabalho e dos estudos ou de alguma qualificação profissional era de 22,4%, percentual que caiu para 20% em 2022. O IBGE não levantou informações em 2020 e 2021 devido às restrições da pandemia.
Em termos absolutos, a população de 15 a 29 anos nesta condição diminui de 9,6 milhões em 2023 para 8,9 milhões em 2024. O número registrado no ano passado é similar à população inteira do estado do Pará, nono estado mais populoso do país, estimada na Pnad (quase 9 milhões).
O jovem que não trabalha, nem estuda, é comumente apelidado de “nem-nem” em pesquisas sobre o tema. O IBGE, contudo, evita o uso dessa expressão, já que muitos consideram o termo depreciativo.
Na passagem de 2023 para 2024, outro grupo da população de 15 a 29 anos que encolheu foi aquele que não estava ocupado com trabalho e frequentava escola ou alguma qualificação profissional. Essa proporção recuou de 25,5% para 25,3% (de 12,4 milhões para 12,1 milhões).
Por outro lado, houve alta no grupo de 15 a 29 anos que estava ocupado com trabalho e estudava ou se qualificava. A parcela subiu de 15,3% para 16,4% (de 7,4 milhões para 7,9 milhões).
Outro grupo que registrou uma crescente em seu percentual foi daqueles que trabalham e não estão estudando ou se qualificando. A proporção aumentou de 39,4% em 2023 para 39,9% em 2024 (de 19,1 milhões para 19,2 milhões).
Fonte: Bahia.ba