A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (11), a Operação Isfet 2, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que se passava por agentes da própria PF para extorquir traficantes e membros de facções criminosas em Goiás e Mato Grosso do Sul. O grupo, que se utilizava de falsificação de identidade e de fachada de investigações oficiais, cobrava valores em troca de suposta “proteção” ou “imunidade” judicial.

A ação policial envolveu o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária, em cidades de Goiás, como Goiânia, Goianira e Trindade, e em Campo Grande (MS). A Operação Isfet 2 é uma continuidade de uma ação anterior, e seu foco foi desmantelar toda a cadeia criminosa, desde os responsáveis pela seleção das vítimas até os que realizavam as abordagens e exigiam as cobranças ilegais.

A investigação teve início em março deste ano, após a denúncia de que reuniões e negociações entre os falsos policiais e seus alvos ocorria nas proximidades da Superintendência Regional da PF em Goiás. A utilização desse local como ponto de encontro dava um ar de credibilidade aos criminosos, que convenciam traficantes e outros criminosos investigados a pagar grandes quantias em troca da promessa de que as investigações federais contra eles seriam “arquivadas” ou “paralisadas”.

Durante as negociações, os falsos policiais exigiam pagamentos para oferecer uma suposta “proteção”, usando o nome da Polícia Federal para garantir que os alvos da extorsão acreditassem nas falsas promessas de imunidade judicial.

A Operação Isfet 2 segue em andamento e tem como objetivo identificar todos os envolvidos no esquema criminoso, incluindo os responsáveis pela estrutura financeira e pelo recrutamento de novos integrantes para a quadrilha. Os suspeitos responderão por crimes como organização criminosa, extorsão e usurpação de função pública, entre outros. A PF explicou que o nome da operação, “Isfet”, remete a um termo do Egito Antigo, associado ao caos e à desordem, simbolizando a deturpação das instituições cometida pelos criminosos ao se passarem por agentes da lei.

Com informações do Metrópoles

 

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