O governo Jair Bolsonaro anunciou, nesta sexta-feira (25), a troca do diretor-geral da Polícia Federal. O delegado Paulo Maiurino, que estava no cargo desde abril de 2021, foi exonerado. No lugar dele, entra o delegado Márcio Nunes de Oliveira.

A mudança foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Com a mudança, Paulo Maiurino passa a comandar a Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas. O anúncio foi feito pelo Ministro da Justiça, Anderson Torres, pelas redes sociais.

“Hoje convidei o DG da @policiafederal, Dr Paulo Maiurino, para assumir a relevante função de secretário da SENAD no @justicagovbr. Em seu lugar, na PF, assume o Dr Márcio Nunes que, como secretário-executivo do @JusticaGovBR, nos deixa um grande legado”, escreveu Torres.

O novo comandante da PF, Márcio Nunes de Oliveira, é o quinto nome a assumir o cargo desde o início do governo Bolsonaro. Subordinada ao Ministério da Justiça, a Polícia Federal tem sido alvo de disputas internas no governo.

O ápice dos conflitos foi em abril de 2020, quando o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, foi exonerado por Jair Bolsonaro, o que surpreendeu o então ministro da Justiça Sergio Moro. Os atritos levaram à saída de Moro do governo, alegando que o presidente da República estava interferindo no trabalho da Polícia Federal.

Na ocasição, Bolsonaro nomeou Alexandre Ramagem, nome ligado a filhos do presidente. Em maio, ele teve a nomeação suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, em uma ação ajuizada pelo PDT. Segundo Moraes, houve um desvio de finalidade na função

Em seguida, já sem Moro no governo, o nomeado foi Rolando Alexandre de Souza. Já em abril de 2021, foi nomeado Paulo Maiurino, exonerado nesta sexta (25).

Quem é Márcio de Oliveira

Novo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira atuava como secretário-executivo do Minstério da Justiça, cargo equivalente ao número 2  pna hierarquia da pasta.

Ele foi superintendente regional da PF no Distrito Federal de 2018 a 2021. Antes, foi chefe do Serviço de Análise de Dados de Inteligência Policial da Divisão de Repressão a Crimes contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas, ramificação que também é parte da PF. Também ocupou a chefia da Divisão de Operações de Repressão a Entorpecentes da PF.

Fonte: O Tempo

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