Em Divinópolis, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta sexta-feira (31), com indiciamento, o inquérito policial que apurou a atuação de um homem, de 41 anos, suspeito de praticar os crimes de extorsão e agiotagem. O investigado foi preso preventivamente no último dia 24.
As investigações revelaram que o homem realizava empréstimos informais para diversas pessoas, cobrando juros abusivos e utilizando ameaças e intimidações para forçar o pagamento das dívidas. Ele costumava comparecer pessoalmente aos locais de trabalho das vítimas para efetuar as cobranças, muitas vezes de forma agressiva, o que lhes causava sofrimento emocional e constrangimento público.
Conforme apurado, uma das vítimas chegou a ser obrigada a assinar um contrato de cessão de 50% de seu estabelecimento comercial em favor do investigado. O documento simulava uma transação legítima, mas servia apenas para consolidar o domínio financeiro e intimidatório exercido por ele. Mesmo após o repasse de valores significativos, o suspeito continuava com a exigência de novas quantias, perpetuando o ciclo de exploração econômica e psicológica.
Uma idosa, mãe de uma das vítimas, relatou em depoimento que chegou a contrair empréstimos bancários e utilizar parte de sua pensão para ajudar o filho, diante das ameaças e pressões constantes feitas pelo investigado, que a deixavam temerosa pela integridade física de ambos.
Ação policial
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, no bairro Porto Velho, foram apreendidos três veículos de luxo, além de diversos documentos e notas promissórias que reforçam as provas da atividade criminosa.
Com os elementos reunidos pela equipe da Delegacia Regional de Polícia Civil em Divinópolis, o homem foi indiciado pelos crimes de extorsão e contra a economia popular (pela prática de agiotagem), e o inquérito remetido ao Poder Judiciário.
De acordo com o delegado Vivalde Levilesse, existem outras ocorrências em que o mesmo homem é apontado como suspeito. Todas seguem o mesmo modo de agir, envolvendo empréstimos ilegais, cobrança de juros abusivos, simulação de contratos e ameaças às vítimas. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar novas possíveis vítimas.
Com informações da PCMG










