Doze criminosos, de alta periculosidade, foragidos da justiça, foram presos durante uma operação conjunta da Polícia Civil de Minas Gerais. De acordo com o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Felipe Freitas, todos eles eram apontados como líderes do tráfico de drogas, além de executores de homicídios.
“Essa operação teve o objetivo de desmantelar indivíduos que abasteciam o tráfico de drogas para Belo Horizonte. Eles não tinham relação entre si, mas cooperavam para que a rota da droga chegasse à capital“, disse.
A operação Cerco Fechado, da Polícia Civil, começou no início de 2024, através de um serviço de inteligência da corporação. “No departamento, definimos nossos alvos e atuamos na captura deles. Eles já são indivíduos com extensa ficha criminal, com condenações, um deles, inclusive, condenado a mais de 100 anos de detenção”, acrescentou.
Houve apreensão de armas e drogas, além de um veículo.
Alguns dos presos reagiram à prisão, usando documentos falsos para camuflar a verdadeira identidade e até usando violência contra a equipe de polícia.
Presos
Os 12 alvos foram localizados em diferentes regiões. Alguns, em cidades distantes de pontos onde chefiavam o tráfico de drogas, inclusive em outros estados:
– Um homem de 36 anos, conhecido como Bolinha, foi preso em Juatuba, mas chefiava o tráfico em Ribeirão das Neves, na região Metropolitana de Belo Horizonte;
– Outro, de 28 anos, também foi preso em Neves, local onde traficava;
– Conhecido como Urso, um homem de 38 anos, que tinha como função torturar pessoas que deviam ao tráfico, foi preso em Sardoá, no Vale do Rio Doce.
– O “Deda”, de 31, atuava no Barreiro, mas foi preso em Ibirité, na grande BH;
– Já o “Marreco”, “Jogador” ou “Dk” (apelidos pelos quais era conhecido), atuava no bairro Lagoa, mas foi preso em Caetanópolis, na região Central de Minas Gerais;
– Um homem de 34 anos, conhecido como Titanic, atuava em Divinópolis e em Pará de Minas, ele que tinha passagens por latrocínio e homicídio, foi preso em São Paulo;
– O “Pote”, de 36 anos, foi preso em Divinópolis, mesmo local onde cometia os crimes, a maioria furto e roubo de veículos;
– Um homem de 33 anos, o “Molinha”, atuava em Ribeirão das Neves e preso em BH.
– Outro de 34 anos, o “Corujinha”, que furtava, roubava, tinha passagens por tráfico em homicídio, foi preso em Pitangui;
– Um homem de 22 anos, sem alcunha para Polícia, que liderava o tráfico em Perdigão, foi preso em Araújos;
– O “Berrão”, como é conhecido um homem de 29 anos, membro do Comando Vermelho, chefiava o tráfico no Morro do Papagaio, em BH, mas foi preso na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele era responsável por enviar drogas ao estado do Pará;
– O “Senhor das Armas”, “Tamu”, ou “Veinho”, um homem de 37 anos, que atuava em Venda Nova, foi preso em Foz do Iguaçu, por tráfico e contrabando de armas para outros países que fazem fronteira com o Brasil.
Segundo o delegado, houve troca de informações incessantes entre a PCs de Minas, do RJ e do Pará, além de ações de diferentes delegacias do Estado.
Fonte: O Tempo