A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana, no interior de São Paulo, desmantelou um esquema de falsificação e venda de suplementos alimentares nessa segunda-feira (1º). Durante a operação, realizada no bairro Vila Redher, cerca de quatro toneladas de whey protein e creatina adulterados foram apreendidos em uma empresa que funcionava como centro de distribuição dos produtos.
Segundo as investigações, os suplementos chegavam ao local em sacos a granel, onde eram reembalados em potes, recebiam lacres, rótulos e etiquetas falsificadas e, posteriormente, eram enviados aos consumidores, principalmente por meio da plataforma de e-commerce Shopee. A operação também apreendeu embalagens vazias, balanças de precisão, impressoras e etiquetas falsas com referência à loja virtual.
Empresa operava sem certificação
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a empresa não possuía certificações de órgãos de fiscalização e realizava o fracionamento dos suplementos sem condições sanitárias adequadas. Alguns dos produtos adulterados estavam armazenados em embalagens sem rótulo, o que representa risco à saúde dos consumidores.
Durante a ação, uma mulher de 24 anos foi presa por falsificação. Uma menor de idade também foi encontrada no local, foi ouvida na DIG e liberada em seguida. O caso foi registrado como crime contra as relações de consumo e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
A Polícia Civil segue investigando a origem dos suplementos falsificados e busca identificar a fábrica fornecedora, localizada em outro município, além de possíveis outros envolvidos na cadeia de distribuição dos produtos ilegais.
O material apreendido será descartado pela Vigilância Sanitária de Americana, que foi acionada para acompanhar a ocorrência.
A operação evidencia os riscos do consumo de suplementos adquiridos sem garantia de procedência, especialmente em plataformas online. O caso reforça a necessidade de fiscalização rigorosa e da atenção dos consumidores quanto à autenticidade e regularização de produtos destinados à saúde e nutrição.
Com informações Metrópoles