O presidente e o vice da Mafia Azul, Arthur Guedes e Messias, foram presos na manhã desta terça-feira (10) durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em conjunto com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). As ações ocorrem em Belo Horizonte, Contagem e Brasília (DF).
A investigação apura um crime ocorrido em 13 de março, no bairro Padre Eustáquio, quando os suspeitos teriam invadido um estabelecimento onde a vítima se encontrava com sua mãe, com o objetivo de agredi-la e roubar uma camisa da torcida rival.
Durante a ação, a mãe da vítima também foi agredida ao tentar intervir. As investigações indicam que o ataque foi premeditado.
Além dos dois, um terceiro homem — ainda não identificado — foi detido. Além dos presos, quatro foram alvos de busca e apreensão. Mais detalhes serão apresentados em coletiva de imprensa às 10h de hoje.
O outro lado
A defesa do presidente e do vice-presidente da Máfia Azul disse, por meio de nota, que até o momento, não há provas concretas que sustentem qualquer responsabilidade penal dos diretores da torcida organizada.
Confira a nota completa
“A defesa do presidente e do vice-presidente da Máfia Azul vem a público manifestar-se acerca da recente abertura de inquérito policial envolvendo seus representados. Esclarecemos que os fatos estão em fase inicial de investigação e, até o momento, não há provas concretas que sustentem qualquer responsabilidade penal dos diretores da torcida organizada.
Reiteramos a confiança de que, no momento oportuno, todos os fatos serão devidamente esclarecidos e a verdade prevalecerá. A defesa acredita que os diretores estão sendo injustamente associados a condutas praticadas por terceiros, o que evidencia um tratamento seletivo e, por vezes, persecutório.
Recentemente, dois membros da torcida, conhecidos como Digô e Bidu, foram brutalmente assassinados em meio aos conflitos entre torcidas organizadas. Até o presente momento, não houve prisões ou responsabilizações pelos crimes, tampouco informações oficiais sobre o andamento de investigações relacionadas a essas mortes.
Diante do cenário de constantes conflitos entre torcidas organizadas, é notória a ausência de imparcialidade por parte das autoridades policiais, que reiteradamente adotam medidas mais severas contra integrantes da Máfia Azul. Ressaltamos que a torcida vem sendo alvo de sucessivos ataques por parte de rivais e tem, de forma contínua, comunicado tais ocorrências às autoridades competentes, sem que se perceba o mesmo rigor investigativo ou empenho para apurar os delitos praticados contra seus membros.
Dessa forma, a defesa reafirma que considera a prisão dos diretores como medida arbitrária e desproporcional, e seguirá atuando com firmeza e dedicação para demonstrar sua inocência e restaurar a justiça.’’
Fonte: Itatiaia