Em assembleia realizada neste sábado (23), professores da rede estadual de ensino decidiram realizar uma paralisação total das atividades, no dia 6 de maio, para um protesto na Cidade Administrativa contra o governo de Romeu Zema (Novo).

Os educadores estão em estado de greve e pedem que o executivo pague o reajuste de 33,24% para a educação, promulgado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mas vetado por Zema que garantiu aumento de 10,06% alegando não ter recursos para recomposições superiores.

Comunicado enviado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sin-UTE/MG) indica que haverá, também, um diálogo com outras categorias que também cobram índices de reajustes superiores ao que foi concedido pelo governo.

Além dos professores, os servidores da Saúde e da Segurança Pública também teriam direito a percentuais extras nos vencimentos, conforme o ato normativo promulgado pelo presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PSD).

O sindicato também informou que na próxima segunda-feira (25), os professores vão participar de reunião com a Secretaria de Estado de Educação (SEE) em que vão se posicionar, de maneira contrária, ao calendário de reposição de aulas a partir do dia 30/04, conforme proposto pela pasta.

Ainda conforme os educadores, após o dia 6 de maio haverá uma assembleia estadual para definir os rumos da negociação entre a categoria e o executivo. O governo estadual foi procurado pela reportagem, mas ainda não se posicionou.

Greve

Em greve desde 9 de março, os professores da rede estadual cobram do governo de Romeu Zema um reajuste de 33,24% e o consequente pagamento do Piso Salarial Nacional do Magistério. O governo, no entanto, ofereceu 10,06% e vetou as emendas ao PL 3.568/2022, aprovado em 30 de março/2022, que garantiam o pagamento do reajuste solicitado pela categoria.

Os deputados conseguiram derrubar o veto, em plenário, com uma vitória de 55 votos a 3 e o reajuste com percentuais extras para a educação, saúde e segurança chegou a ser promulgado pela Assembleia. No entanto, na última quinta-feira (21) o Estado conseguiu a suspensão dos aumentos concedidos pelos deputados no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Luís Roberto Barroso concedeu decisão liminar que suspendeu os reajustes adicionais de 14% para os servidores da saúde e segurança pública e 33% para a educação. A decisão ocorreu após o governador Romeu Zema acionar a corte. Como se trata de uma decisão liminar, é necessário que ela seja analisada pelos demais ministros do tribunal, o que acontecerá no plenário virtual do STF.

Ainda não há data marcada para o julgamento. Até lá, os percentuais adicionais estão suspensos.

 

 

Fonte: O Tempo

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